Para Silval, WS e Mauro são incoerentes e oportunistas

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O governador Silval Barbosa (PMDB) classificou hoje as críticas à sua gestão como exemplo de "oportunismo" eleitoral. Ele se referiu diretamente ao tucano Wilson Santos e ao socialista Mauro Mendes (PSB), que, em entrevistas e no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, elegeram o Governo do Estado como alvo principal.

"Na avaliação deles [adversários], nada presta no Estado. Quando nada funciona, aí eu sou o governador. Quando eles querem ressaltar os avanços, eu era vice", declarou Silval, em entrevista a rádio Band FM, nesta sexta-feira (20).

Ele observou que, no último debate, promovido pela TV Cidade Verde (Band/12), Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PSB) atacaram a gestão estadual, segundo Silval, distorcendo dados e ocultando fatos. "Eis aí uma ação de puro oportunismo", definiu.

O peemedebista assinalou os ataques desferidos pelo socialista Mauro Mendes, que, até um ano antes das eleições, era seu aliado político, já que ambos faziam parte do mesmo grupo eleitoral. "Até 2008, quando ele era candidato a prefeito de Cuiabá, fazíamos o melhor Governo do Brasil. A Saúde ia bem, ele dizia que iria fazer um grande governo, pois tinha a gente do seu lado", observou.

Mauro Mendes rompeu com o grupo de Silval e Maggi, deixou o partido do ex-governador, PR, e se filiou ao PSB, pelo qual disputa o Governo do Estado. Inicialmente, a saída de Mauro chegou até a ser encarada como um "Plano B" de Blairo Maggi, mas, hoje, o próprio ex-governador é alvo de suas críticas.

O candidato reprovou a postura de Mauro, afirmando que, na vida pública, os agentes políticos precisam de coerência e posição definida, concluindo que não existe mais espaço para esse tipo de pessoas.

"Agora, nada mais presta. Somos um governo centralizador, não distribuímos renda, a Saúde não vai bem. A pessoa tem que ter posição, firmeza. Não tem mais espaço para esse tipo de pessoa na política", disse o governador.

Silval Barbosa insinuou que Mauro Mendes estaria mal intencionado quando disputou a Prefeitura de Cuiabá, insinuando que ele passou uma "falsa mensagem" para a população de Cuiabá, por interesse eleitoral.

"Ele [Mauro] dizia que teria a oportunidade de fazer uma gestão muito boa, porque tinha do lado o Governo Maggi. Agora, a sociedade está ai para avaliar. Eu não posso ter uma posição hoje e virar as costas e ter outra posição, porque é conveniente para mim, não faço isso", declarou.

Dizendo ser um político de compromisso, Silval garantiu que não muda de posição. "A minha posição sempre foi firme na política, a minha posição sempre foi coerente e séria. Aquilo que deve ser criticado sempre critiquei, até internamente e eme auto-critica", disse.

Silval reconheceu que há problemas na administração pública e que vem trabalhando para enfrentá-los. "Temos problemas no Estado e vamos enfrentá-los. Dificuldades e obstáculos existem para ser superados", afirmou.

TV's e rádios

Também em entrevista a rádio Band FM, Mauro disse que Silval era proprietário de emissoras de rádios e TV's no interior do Estado e que as empresas não estariam registradas no nome do governador. Ele insinuou que essas empresas estariam em nome de "laranjas", para o governador "fugir da Receita Federal".

Questionado, Silval confirmou que já empresas de comunicações registradas em nome de familiares. "Estão no nome da minha esposa e filhos. Quem quiser é só requisitar na Receita Federal, está tudo declarado no imposto de renda", afirmou. "Eu antes de entrar na política, já era dono de veículos de comunicação", declarou.

Silval Barbosa destacou também que tem orgulho em ser político e de governar o Estado. "Não tenho empresas e nem sou milionário, mas tenho a consciência de que, no Governo, quero dar o máximo de mim e prestar um grande trabalho e governar para todos. Fazer com que Mato Grosso continue crescendo", afirmou.

Contra-ataque

O candidato do PMDB aproveitou a oportunidade para criticar Mauro Mendes, questionando o enriquecimento do empresário, que, de acordo com suas declarações de bens ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em 2008, possuía R$ 23 milhões e, em 2010, saltou para R$ 57 milhões.

"Uns criticam sobre distribuição de renda, que o nosso Governo é centralizador, mas muitos desses que estão criticando são os grande concentradores de renda", disparou Silval.

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