Silval diz que não teme uso eleitoral do escândalo

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O governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição pela coligação Mato Grosso em Primeiro Lugar (PMDB, PR, PT, PP e outros), já prevê que seus adversários políticos irão explorar, durante o período eleitoral, o "Escândalo dos Maquinários".

O caso ganhou repercussão nacional quando o próprio Governo, por meio da Auditoria Geral, confirmou um superfaturamento de R$ 44,4 milhões na aquisição de 705 máquinas pelo Estado, dentro do programa "MT 100% Equipado".

"[O caso] vai ser explorado durante a campanha e eu não temo, até porque estamos fazendo a nossa parte. Estamos cobrando que tudo seja apurado, que apontem os culpados e o Estado tenha o dinheiro ressarcido", afirmou Silval Barbosa, em entrevista ao programa "Tribuna do Ouvinte", da Rádio Cultura de Cuiabá.

O superfaturamento foi apontado por relatório da Auditoria Geral do Estado (AGE), que identificou falhas nos pregões, na formação dos preços de referências, que foram feito com base em orçamentos das próprias empresas que participaram das licitações.

O esquema foi investigado após denúncia anônima feita através de uma carta. No total, R$ 241 milhões foram gastos no programa "MT 100% Equipado".

Apesar do desgaste ao Governo, Silval Barbosa destacou que a finalidade desse programa nunca foi de superfaturar maquinários, mas sim de comprar equipamentos para socorrer todos os municípios do Estado.

"A intenção de Governo foi de ajudar os municípios. Agora, infelizmente, tentaram ou lesaram o Estado, ao cobrarem recursos a mais na comprar. Sei o trabalho social que essas máquinas estão fazendo", disse o governador.

Silval Barbosa informou que, no momento em que foi planejado o programa, a maior reivindicação por parte dos municípios era medida para suprir a falta de capacidade de endividamento para aquisição de equipamentos. "O problema era manutenção e recuperação de estrada, e isso o Estado resolveu", afirmou.

Devolução

O candidato à reeleição ressaltou que, assim que assumiu o Governo, com a desincompatibilização do ex-governador Blairo Maggi (PR) para se candidatar ao Senado, ele cobrou resultados das apurações. Até o momento, dos R$ 44,4 milhões apontados como superfaturamento, Silval informou que somente R$ 8 milhões foram devolvidos.

"Estamos cobrando da Justiça que acione as empresas a devolverem o dinheiro que é indevido. O Governo não pode ficar no prejuízo, o Estado não pode ser penalizado por isso. Certamente, a Justiça vai fazer com que essas empresas devolvam esse dinheiro, que não é deles e é do Estado", disse.

Na época, dois secretários foram demitidos por suposto envolvimento no processo de licitação: Geraldo De Vitto (Administração) e Vilceu Marchetti (Infraestrutura). "A parcela de culpa deles [De Vitto e Marchetti] quem vai dizer se tem ou não é a Justiça na apuração dos fatos. E é isso que nos estamos cobrando", afirmou Silval.

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