A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul negou o pedido de liberdade para João Arcanjo Ribeiro. A defesa fez a solicitação em maio deste ano argumentando que o "Comendador" tem o direito de progredir de regime por já ter cumprido um terço da pena.
O Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso do Sul já havia se posicionado contrário, pois Arcanjo possui 3 mandados de prisões preventivas em processos que responde por homicídios.
Arcanjo está preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande (MS) desde outubro de 2007. O juiz titular da 5ª Vara Dalton Igor Kita Conrado aceitou o argumento do MPF de que os decretos de prisão são fatores que impedem até mesmo a transferência para o regime semiaberto.
O MPF também afirmou que o pedido deve ser apresentado na comarca onde estão sendo julgados os crimes de Arcanjo, ou seja, em Cuiabá e Várzea Grande, e não na Capital sul-ma-ogrossense.
Com a posição da Justiça, Arcanjo permanecerá preso em Campo Grande. Transferido para o presídio federal em outubro de 2007, o tempo de permanência já foi prorrogado duas vez. Em setembro, vence este prazo e Arcanjo poderá retornar para Mato Grosso.
Outra tática usada pela defesa foi o pedido de remissão de pena, por Arcanjo ter feito um curso profissionalizante no presídio, mas também foi negada pela Justiça.
A pena do "Comendador" soma hoje 19 anos e 4 meses de prisão por evasão de divisa, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, sonegação fiscal, formação de quadrilha e contrabando. Preso desde 11 de abril de 2003, até hoje ele não foi julgado por nenhum homicídio.