Em Cuiabá, Dias confirma que aceitou ser vice de Serra

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O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) confirmou, nesta sexta-feira (25), em entrevista exclusiva ao Midianews, que aceitou o convite para ser candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo correligionário tucano José Serra.

Ele participa, neste sábado (26), da convenção do PSDB que vai oficializar a candidatura de Wilson Santos e Antero Paes de Barros ao Governo do Estado e ao Senado, respectivamente, no Ginásio Verdinho, no CPA 1.

"Aceitei essa missão partidária porque entendo que Serra pode acrescentar muito ao Brasil. Sou um mero coadjuvante, que vai trabalhar em defesa de um projeto moderno, que explore as potencialidades do Brasil. Serra é talentoso e tem competência administrativa para levar o país a um belo caminho", afirmou Dias.

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), deverá apresentar o nome de Álvaro Dias, nas próximas horas, aos partidos que integram a base de apoio tucano, que são PPS, DEM e PTB. A tendência é que não haja resistências em torno do parlamentar paranaense, um dos Estados que mais concentram a produção agrícola no Brasil.

"Quando estava saindo de São Paulo, fui comunicado de que houve uma consulta ao Roberto Freire [presidente nacional do PPS], que aprovou o meu nome", revelou o senador, que chegou em Cuiabá por volta de 16h10 desta sexta.

A proposta do PSDB, de construir uma chapa presidenciável considerada "puro sangue", deve gerar atritos com a direção nacional dos democratas. Isso porque o DEM defendia uma chapa pura do PSDB somente se Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, fosse indicado candidato a vice-presidente.

No entanto, Dias não aposta nisso. "É normal que o DEM aspire a posição, é legitimo, mas sempre vai prevalecer a vontade da maioria. Até onde sei, há aval positivo dos nossos aliados. O DEM é um partido colaborador e imprescindível ao nosso projeto", observou o senador.

Equívocos petistas

Dias entende que Serra deve reconhecer os avanços da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém, consertar o que considera equívocos do petista.

"Houve um aparelhamento do PT nas estatais e movimentos sociais, o que gera um desequilíbrio nas contas públicas. É necessária uma reforma administrativa para que possamos ter mais recursos e investir em tecnologia, educação, saúde, infraestrutura. Enfim, cumprir metas que permitam desenvolver o Brasil para termos uma situação social melhor a todos", completou o senador tucano.

O senador entende ainda que parte do êxito de Lula na presidência da República se deve pela manutenção dos programas sociais instaurados na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003). "O PT e Lula herdaram o desenvolvimentismo do PSDB, por isso mantiveram as políticas sociais. Sempre defendemos o desenvolvimento, basta apenas corrigir distorções para que tenhamos uma alavancagem", observou o tucano.

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