O delegado Adalberto Antônio de Oliveira, de Várzea Grande, indiciou três pessoas pela morte de uma recém-nascida, na comunidade de Mutuca, na região do município de Nossa Senhora do Livramento (42 km ao Sul de Cuiabá). A mãe da criança, D. P. S., 17, responderá ato infracional.
Entre os crimes estão: infanticídio, ocultação de cadáver e posse irregular de arma de fogo. O policial ainda aguarda perícias para concluir o inquérito. No caso, a causa da morte, a ser entregue pelo Instituto Médico Legal (IML), e o resultado da perícia do local crime, pela Politec.
Nas investigações, Alberto de Oliveira afirmou que a mãe da recém-nascida confessou a autoria do crime, que aconteceu no dia 13 deste mês. O fato aconteceu após o parto, que foi realizada em um matagal próximo à casa onde mora. Ela asfixiou o bebê com um pano. A menor responderá por infanticídio.
Em depoimento, D. disse ter ficado transtornada após o parto e resolveu matar a criança. "Ela se disse arrependida, mas viu a criança como um problema, já que o pai não iria assumir. A consciência dela pesou e a verdade apareceu", disse o delegado.
D. matou e deixou o corpo da recém-nascida no local do parto. Ela voltou à sua casa e contou para o pai, Arlindo Martins dos Santos, 43, para a tia, Camila Antônia Pinto dos Santos, 50, e para a irmã, Angélica Pinto dos Santos, 19. Eles decidira, então, enterrar o corpo e não comunicar o fato à Polícia.
Os três foram indiciados por ocultação de cadáver. O delegado informou que, em depoimento, Arlindo confessou que cavou o buraco onde foi colocado corpo da criança. "Eles não tiveram parcela no assassinato, mas foram os responsáveis pela ocultação de cadáver, porém isso não foi verificado no momento e não houve o flagrante", disse Adalberto.
Arlindo chegou a ser preso em flagrante por posse irregular de arma, mas foi solto sob pagamento de fiança. Todavia, o delegado o indiciou pelo crime.
O pai da criança seria Natalino Marino da Silva, que confessou que manteve um namoro por mais de ano com a menor, porém só teria feito relação sexual com ela uma única vez. À Polícia Civil, ele disse que sequer sabia que a jovem estava grávida. D.P.S. possui um segundo filho, de um ano e quatro meses de idade.