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Pré-candidato ao Governo de Mato Grosso, ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), avaliou nesta quarta-feira (23) que a disputa pelo Palácio Paiaguás ocorre de forma desproporcional, se considerar, principalmente, a campanha do seu principal adversário, o governador Silval Barbosa (PMDB), pré-candidato à reeleição.
O tucano, entretanto, acredita que a disputa estará em pé de igualdade após os registros das candidaturas, perante a Justiça Eleitoral, que deve acontecer até o dia 5 de julho, conforme prevê a legislação eleitoral.
Para o tucano, Silval Barbosa tem a vantagem de utilizar a condição de chefe do Executivo para aparecer perante o eleitoral e, dessa forma, apresentar uma boa performance nas pesquisas de intenção de voto.
"A partir do registro das candidaturas, as condições de disputa ficarão iguais, uma vez que o governador ficará proibido de manter a propaganda do Governo nos veículos de comunicação, sua aparição em público será limitada e ele terá que manter a distinção entre as suas funções pública e a campanha eleitoral. Dessa forma, tenho certeza que o momento será mais equilibrado e a desproporcionalidade será reduzida", afirmou Wilson, em entrevista ao MidiaNews.
Com a igualdade na disputa, Wilson acredita que sua aceitação perante o eleitorado mato-grossense irá crescer. Além disso, ele destacou que a disputa inicia, de fato, no dia 17 de agosto, quando começa a ser transmitido, no rádio e na TV, o horário eleitoral gratuito.
"Com a desproporcionalidade reduzida e com horário eleitoral, nossa tendência é crescer. Teremos um bom tempo tanto no rádio quanto na TV, para mostrarmos o que fizemos em Cuiabá, minha vida no Parlamento e o que pretendo fazer em benefício do Estado. No entanto, não será fácil, será uma eleição dura difícil e com possibilidade de segundo turno", disse o tucano.
Wilson Santos disse conhecer fatos de suposto uso da máquina pública por parte do governador Silval Barbosa e disse que isso é "preocupante". Ele destacou que a República exige um processo eleitoral transparente, equilibrado e justo, onde o candidato mais preparado deve vencer, sem levar em conta as condições financeiras.
"Queremos um Estado livre, democrático, onde as disputas ocorram num plano de igualdade, onde a população possa escolher o melhor, sem mácula, sem uso da máquina pública, sem compra de votos. Na campanha de 2008 [disputou a reeleição à Prefeitura da Capital], em nenhum momento fui acusado de abuso da máquina, agi com prudência. Deve vencer o melhor, o mais preparado, e não o que tem mais dinheiro", afirmou o tucano.
Segundo turno
Para Wilson Santos, as eleições para o Governo de Mato Grosso estão indefinidas e reafirmou a expectativa de que a disputa vai para o segundo turno. No entanto, lembrou que, nas eleições de 2004, o deputado estadual Sérgio Ricardo (PR) saiu na frente, na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, mas não chegou ao segundo turno. A mesma situação foi vivida pelo ex-deputado estadual Walter Rabello (PP), em 2008.
"A eleição não começou ainda. Na minha opinião, ele terá início pra valer a partir do dia 17 de agosto, com o horário eleitoral gratuito. Neste ano, vai ser uma eleição de TV e rádio, sem deixar de lado a internet", disse o ex-prefeito.
Candidato a vice
Próximo à convenção que vai homologar sua candidatura a governador pela oposição (será no sábado, dia 26), Wilson Santos afirmou que o nome do seu companheiro de chapa, como candidato a vice-governador, ainda não foi definido. Ele disse que aguarda uma resposta do deputado estadual José Domingos Fraga (DEM).
"Neste momento, o José Domingos avalia a possibilidade, torço para que ele decida favoravelmente. Caso isso não ocorra, temos alternativas, tão boas quanto ele. Nomes como Gilberto Goellner, Erico Piana, Zeca D'Ávila, Lucimar Campos. A mesma dificuldade que temos em definir o vice, o Silval e o Mauro têm. Isso é natural, mas vamos escolher o melhor", completou o líder tucano.
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