Lavrador se entrega e diz que matou para se defender

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O lavrador Luiz Antônio dos Prazeres, 31, acusado de matar a golpes de faca a ex-mulher, Célia dos Santos Martins, 27, em sua loja, no centro de Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte de Cuiabá), se entregou à Polícia. O crime ocorreu por volta das 14h da última quinta-feira (6), a poucos metros da Praça Dom Wunibaldo, local de grande movimentação na área central.

Após cinco dias foragido, Luiz Antônio se entregou nesta terça-feira (11), na Delegacia Municipal de Chapada, acompanhado do seu advogado, Bento Filho, alegando "legítima defesa". Após se entregar, o lavrador foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito. 

Por medida de segurança, visando a evitar algum ato de agressão por parte de populares ou, até mesmo, linchamento, a Polícia decidiu encaminhar Luiz Antônio para a Cadeia Pública de Capão Grande, na zona rural de Várzea Grande, onde aguardará o pronunciamento da Justiça. No dia do crime, a população se manifestou, revoltada com a crueldade do crime praticado pelo lavrador. 

Mesmo fugindo do flagrante, o réu confesso foi preso em cumprimento de um mandado de prisão que já havia sido expedido pelo juiz Eduardo Calmon, da Comarca de Chapada dos Guimarães. A Polícia levou em conta o "descumprimento da determinação de medida protetivas", uma vez que o mandado só chegou à delegacia após a morte da comerciante.

Luiz Antônio será enquadrado no artigo 121, do Código Penal, por prática de homicídio qualificado, e poderá ser condenado a até 26 anos de prisão. 

Entenda o caso 

Célia Martins foi atingida por um golpe fatal no pescoço e sofreu ferimentos na boca. O assassinato aconteceu dentro da sua loja de confecções, localizada na Rua Fernando Corrêa, próximo à Praça Dom Wunibaldo, área de intensa movimentação no Centro Chapada. Ela nem chegou a ser socorrida, pois morreu no local do crime, por volta de 14h.

Antes disso, a costureira havia procurado o Ministério Público e denunciado que vinha sofrendo ameaças. Segundo as informações, o MPE chegou a solicitar a prisão preventiva de Luiz Antônio, no dia 29 de abril. No dia seguinte, conforme processo 12/2010, o juiz Eduardo Calmon, da Comarca de Chapada, acatou o pedido do MPE, expedindo o mandado de prisão, que, no entanto, não foi enviado à Polícia Civil.

Segundo a Polícia Civil, a costureira vinha sofrendo várias ameaças; uma delas teria ocorrido na praça central da cidade, quando ele teria prometido matar a mulher.

A fuga 

Após o cometer o homicídio, Luiz Antonio saiu correndo, todo sujo de sangue, pelas ruas da cidade. Como a vizinhança não sabia do ocorrido, nada fez e assim ele conseguiu fugir para um matagal, numa região próxima à empresa Lebrinha. 

O local é de difícil acesso. As polícias Civil e Militar contaram com o reforço do helicóptero da PM, na tentativa de encontrá-lo, mas a operação não surtiu efeito.

Após se entregar, o lavrador confessou ter ficado escondido em uma chácara onde havia trabalhado por muito anos.

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