A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, disse nesta quarta-feira (5) que a Telebrás – a estatal de telecomunicações privatizada em 1998– receberá investimento de R$ 3,22 bilhões entre 2010 e 2014, dentro do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), que tem como objetivo baixar os preços de acesso à internet.
Apontada nos anos 90 como um dos símbolos do atraso das empresas estatais, a Telebrás é apresentada pelo governo como a solução para o futuro do acesso amplo à internet no país.
– Efetivamente, a Telebrás está sendo reativada. É claro que dentro de uma modelagem própria, voltada e focada na questão da gestão da banda larga para fazer a gestão dessa rede física.
Ela afirmou que o papel da estatal não é substituir ou limitar a iniciativa privada, mas sim usar a infraestrutura de que a União já dispõe para incentivar empresas particulares.
A ministra destacou que a meta do governo é triplicar o número de municípios com acesso em banda larga até 2014, atingindo uma marca próxima de 40 milhões de domicílios.
No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a intenção de colocar em prática o PNBL. A meta do governo é baixar os preços cobrados pela internet rápida. Membros do governo falam em um custo mensal ao usuário entre R$ 15 e R$ 35, dependendo da velocidade de conexão.
O presidente quer que a Telebrás seja a gestora da rede de fibras óticas para o PNBL. Parte dessa rede atualmente está sob domínio da Eletronet – prestadora de serviços de telecomunicações criada em 1999 por empresas de energia elétrica, que entrou em falência em 2003.
O professor licenciado da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Márcio Wohlers de Almeida diz que a reativação da Telebrás será parte de um esforço para que o governo atinja regiões que ainda não têm acesso à rede em alta velocidade.
O Plano Nacional de Banda Larga foi lançado oficialmente nesta quarta-feira, em Brasília