A Secretaria de Saúde de Manaus, no Amazonas, informou nesta quarta-feira (24) que uma mulher que estava grávida morreu após contrair o vírus da gripe A (H1N1), popularmente conhecida como suína. Neste ano, o Estado registra 13 casos confirmados da doença, sendo que cinco levaram os pacientes à morte. Duas vítimas estavam grávidas.
De acordo com informações da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, ela demorou cerca de dez dias para ir a um hospital depois que os sintomas apareceram. A mulher deu entrada no hospital no dia 13 de março com problemas respiratórios e foi internada diretamente na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), onde recebeu doses de oseltamivir (que tem nome comercial Tamiflu), mas o medicamento já não responde tão bem após tantos dias de infecção. Ela morreu nesta terça-feira (22).
No último dia 16, com sete meses de gestação, o feto foi retirado em uma cesariana. O bebê está em uma incubadora em estado grave.
Um estudo divulgado em janeiro pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo indicou que as grávidas que estão no segundo ou terceiro trimestre de gestação têm 4,3 vezes mais chance de morrer em decorrência de gripe A. As gestantes têm seus sistemas imunológicos suprimidos para que o organismo não rejeite o feto, e muitas também podem sofrer pressões do bebê sobre os pulmões.
Por isso, as grávidas estão incluídas entre os grupos prioritários para receber a vacina contra a gripe suína. A vacinação para esse grupo começou nesta segunda-feira (22) e vai até 2 de abril