Um dos principais líderes do PP, o deputado estadual José Riva sinalizou que o partido deve caminhar nas eleições deste ano ao lado do projeto do PMDB, que tem como candidato majoritário o vice-governador Silval Barbosa.
Inicialmente, os progressistas levavam em conta um compromisso com a possibilidade de candidatura ao Governo do senador Jaime Campos (DEM), que recuou para apoiar o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB). "O compromisso que existia com o Jaime não existe mais", afirmou Riva, em entrevista ao MidiaNews.
Com o compromisso quebrado, a tendência é de que o PP siga com Silval, uma vez que o projeto de Wilson enfrentaria resistência junto ao grupo progressista. No caso de uma aliança com o empresário Mauro Mendes (PSB), segundo informações, as possibilidades são remotas, já que o projeto teria instabilidades partidárias. Apesar disso, Riva permanece da defensiva, afirmando que aguarda as discussões se esgotarem para se pronunciar pelo partido.
Em uma avaliação pessoal, o deputado alertou Silval para a formação do novo secretariado, a partir de abril próximo, ao analisar que algumas mudanças podem prejudicar a continuidade da gestão. Para ele, com a posse do peemedebista, será inevitável uma alteração quadro eleitoral, favorável ao futuro governador, mas uma mexida errada pode prejudicar seu projeto. "É como um time de futebol: se escalar uma boa equipe pode ajudar; mas, se mexer errado, será prejudicado", disse.
Insegurança e alianças
A respeito da candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB), José Riva informou que é um projeto que merece respeito, porém ressaltou que o pré-candidato encontra-se em uma situação complicada. "Ele é um bom candidato, mas o clima de insegurança e instabilidade dos partidos que estão com ele é muito grande. Isso pode atrapalhar o projeto dele", apontou.
Sobre convites recebidos para compor chapa na condição de vice-governador, na avaliação do parlamentar, o PP não deve indicar nomes, pois corre o risco de prejudicar o projeto principal da legenda, que são as eleições proporcionais (deputado estadual e federal). "Trabalhamos as proporcionais e, se por acaso, não decidirmos apoiar nenhuma candidatura, obviamente, o caminho será lançar um candidato próprio", disse o presidente da Assembleia.
Pela experiência política e eleitoral, Riva apostou que a eleição para o Governo de Mato Grosso terá segundo turno, caso sejam confirmadas as candidaturas de Silval, Wilson e Mendes. Para ele, o quadro atual é instável e haverá muitas mudanças no contexto da formação das alianças, em função dos acordos que os partidos fazem no âmbito nacional.