Na manhã do dia 31 de janeiro de 2010, a Policia Judiciária Civil de Marcelândia deflagrou a “Operação Judas” e efetuou a prisão do Vereador Ervino Kovaleski, o “Nenzinho”, dando cumprimento a mandado de prisão temporária expedido pelo Juiz de Direito Anderson Candiotto, da Comarca de Marcelândia.
Investigações da Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público, apontam que o Vereador Ervino Kovaleski teria solicitado e recebido vantagens financeiras em troca de apoio político, especialmente para composição de chapa para eleição da Presidência da Câmara de Vereadores de Marcelândia.
O Vereador, que é do PPS, foi eleito pela coligação “Marcelândia em Boas Mãos”, encabeçada pelo Prefeito Adalberto Diamante, entretanto, logo após a eleição, mudou sua posição política e passou a integrar o grupo de oposição, representando pelos partidos DEM e PSDB, vinculados à Colonizadora Pronorte, acabando por determinar a vitória da oposição na primeira eleição para Presidência da Câmara, na pessoa do Vereador Diego Bulgarelli Grelak.
O partido PPS inclusive moveu um processo para a “cassação” de Ervino, mas o mesmo foi anulado pela Justiça em razão de vícios formais.
Mais recentemente, diante da expectativa da nova eleição para Presidência da Câmara (exercício 2010), Ervino teria solicitado de Celso Padovani a quantia de R$ 6.000,00 um terreno no centro de Marcelândia e uma propriedade rural, e caso não recebesse tais vantagens, mudaria novamente para o grupo de situação.
Diante da negativa do empresário, Ervino realmente mudou sua posição, vindo a se inscrever na chapa da “situação” para a nova eleição, cujo candidato a Presidencia é o Vereador Edivam Vieira Lima. (Indignado com este fato o empresário Celso Luiz Padovani achou por bem denunciar o vereador).
Segundo o Delegado Luiz Henrique de Oliveira, existe indícios de que Ervino também teria recebido dinheiro do grupo que apóia o Prefeito Adalberto Diamante, e a partir de agora é o que a investigação pretende esclarecer, podendo haver desdobramentos que, inclusive, leve a outras prisões, especialmente de outros políticos do Município.
O delegado ainda destacou a importância da decisão do Poder Judiciário local, que sinaliza para a moralização da política em Marcelândia, caracterizada por uma medíocre e duradoura disputa pela Presidência da Câmara de Vereadores, que vem desde o inicio de 2009, e por denúncias de corrupção, tudo isso em meio a uma crise econômica nunca vista na história de Marcelândia, já que o setor madeireiro local, que sempre foi o responsável pela movimentação econômica, vive em vertiginosa queda devido a intensa fiscalização e ações da justiça contra crimes ambientais.
O nome da operação, “Judas” é uma referência ao apóstolo Judas Iscariotes, aquele que traiu Cristo e o entregou a seus perseguidores em troca de 30 moedas de prata. Em Marcelândia, as principais vítimas de traição são os eleitores de Ervino Kovaleski.
Casos de traição político-partidária em troca de favores financeiros são práticas freqüente no Município, sendo que um dos casos que mais causou indignação popular antes do atual, foi quando o Vereador Edivam Vieira Lima traiu o seu grupo político (PSDB) após anos de filiação, indo para o PR, partido político do Prefeito Adalberto Navair Diamante, sendo que é voz corrente da população que tal atitude foi embasada em uma alta quantia de dinheiro.
Essa Operação chamada de “Judas” vem comprovar que o Judiciário de Marcelândia está empenhado em moralizar a política municipal.
Honestidade e caráter são valores indispensáveis a serem valorizados pelo eleitor na hora do voto. Veja a materia na página de video.