O vice-governador Silval Barbosa está prestes de conquistar o apoio do Partido Democrático Trabalhista, o PDT, em adesão a sua candidatura ao Governo do Estado. No domingo, o vice-governador se reuniu com os principais líderes da sigla e ofereceu ao partido a presidência do Departamento Estadual de Trânsito, o Detran. Segundo uma fonte que participou das conversas, o acordo só não foi finalizado pela sede pedetista: além da presidência, o partido deseja as demais diretorias. “É porteira fechada ou nada” – frisou. Uma nova reunião deve acontecer ainda esta semana para rediscutir a questão. Silval tem como certo de que a chamada “Frente Alternativa”, de fato, implodiu. A começar pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), com quem vem negociando várias posições, inclusive a indicação do candidato a vice. Silval quer ficar com o máximo de forças para apoiar seu projeto eleitoral. Ele assume o comando do Governo no dia 31 de março, com a desincompatibilização do governador Blairo Maggi, que vai disputar uma das vagas de Mato Grosso no Senado Federal. Conforme 24 Horas News informou, o vice-governador vai usar os nove meses de Governo para atrair forças partidárias e políticas. E o PDT interessa. E muito! O entendimento também interessa ao PDT. O partido sabe que sozinho, não chegará a lugar nenhum. Aliando-se apenas ao PSB, numa eventual candidatura do empresário Mauro Mendes – que setores da sigla socialista defendem com unhas e dentes – também corre riscos. Entrar de vez na aliança com o PMDB, PR e PT também não é o mais recomendável. “Corremos o risco de não eleger nenhum deputado” – disse a fonte, ao destacar que o maior puxador de votos, o empresário rural e atual deputado estadual Otaviano Pivetta, dificilmente participará da disputa eleitoral de outubro. Pivetta já descartou cargos legislativos. Porém, o partido sofre uma cisão. Em silêncio, o grupo histórico, os chamados “brizolistas renitentes”, continua se articulando para retomar o controle da sigla. Inclusive no campo judicial. Caso isso aconteça, o PDT fecha com a candidatura do atual prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, do PSDB. Os “brizolistas” dizem não ter dúvidas de que Santos conseguirá vencer a indicação dentro da aliança com os Democratas, que indicaram o senador Jayme Campos. “O risco do PDT apoiar Wilson Santos, principal adversário de Silval, faz com que o vice-governador coloque mais moeda na negociação” – disse o pedetista. Até aqui, Silval Barbosa conta com o apoio explícito do seu partido, o PMDB, e do Partido da República (PR), do governador Blairo Maggi. O Partido dos Trabalhadores (PT), comandado por Carlos Abicalil, deverá também fechar entendimentos na aliança governista. O PT ficará com a indicação de um nome para compor a chapa ao Senado Federal – entre a atual senadora Serys Slhessarenko e o próprio deputado federal Abicalil.
O vice-governador trabalha com a hipótese de finalizar logo os entendimentos com os socialistas. Há uma certa resistência por parte da sigla, especialmente por causa dos defensores da candidatura de Mauro Mendes como alternativa. Esta semana, o PSB sai em caravana percorrendo o Estado, levando o seu projeto estratégico para Mato Grosso. Em verdade, o movimento vem mexendo pouco com os avaliações políticas e articuladores, se restringindo a uma mensagem visando a reeleição do presidente do partido, deputado federal Valtenir Pereira. Silval também ainda não perdeu as esperanças de contar com os Democratas em seu palanque. |