Comunidade protesta contra fechamento de escola; diretor completa 24h em ‘greve de fome’

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Jessica Bachega/GD

Após 24h desde que iniciou a greve de fome, o diretor da Escola de Desenvolvimento Integral da Educação Básica (Edieb) Licínio Monteiro da Silva, José Cícero da Mota afirma que está bem. Ele, outros professores e comunidade escolar fazem uma manifestação contra o fechamento da instituição, na manhã desta quarta-feira (22).

 

O diretor se nega a comer desde a manhã de terça-feira (21) e apenas bebe água. Sem acompanhamento médico, alguns amigos o acompanham para socorro caso se sinta mal.


“Hoje estou só com um pouco de dor de cabeça. Mas sem fome. O resto tudo bem”, afirmou ao .


O protesto solitário do professor de história é contra o fechamento da unidade, que ficará sob responsabilidade do município de Várzea Grande e passara a receber apenas alunos do ensino fundamental, até o 5° ano.

 

João Vieira

Protesto Escola Licínio Monteiro

 


Contra a decisão da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), alunos e professores fazem um “abraço” em frente a escola. O ato ocorre momentos antes da reunião com equipe da Seduc para oficializar a decisão de desativar a unidade.


Com cartazes onde se lia “Mauro Mendes, fechar escola é crime” e cantando “alô fujão, respeita educação”, os manifestantes se concentram por alguns minutos na escola.


O “hino” é em referência do secretário de Estado de Educação, Alan Porto, que faltou ao ser convocado a comparecer à Assembleia Legislativa para dar explicações sobre o fechamento de 4 unidades de Várzea Grande.


História
A unidade existe há 48 anos e passou por duas mudanças em menos de um ano, que é de grande prejuízo para a comunidade, na avaliação do profissional.


Fundada em 1973, a escola é uma das mais antigas de Várzea Grande. Desde a sua fundação até 2008 ela funcionou com ensino regular de 1° e 2° graus. Contudo, de 2008 até 2020 passou a atender somente jovens e adultos a partir do 6º ano.

 

Divulgação

protesto escola  Licínio Monteiro da Silva

 


Esse método agrega estudantes com mais de 2 anos de atraso escolar e que já não são matriculados nas turmas regulares. Além disso, também tinha turma específica para estrangeiros, principalmente de venezuelanos e haitianos.

 

A escola é referência no Ensino de Jovens e Adultos (EJA) pela qualidade e também por estar em área central. Muitos dos estudantes já saíam do trabalho na região e seguiam para a escola. 

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