Diante da polêmica escolha do nome da primeira ferrovia estadual em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (DEM) demonstrou não estar preocupado com a identificação que obra deve receber. Nesta quarta-feira (22), o chefe do Executivo ignorou as críticas de lideranças políticas alegando que a nomenclatura é irrelevante “diante do projeto de R$ 11 bilhões”.
Ele disse nem ter percebido críticas de aliados. “Eu nem prestei a atenção nisso. A minha energia e o meu foco, eu confesso, me dediquei a viabilizar a ferrovia, um investimento de R$ 11 bilhões e que vai mudar a história de Cuiabá e de Mato Grosso”, disse à imprensa.
Conforme noticiou, a substituição do ex-senador Vicente Vuolo pelo o ex-rei da soja Olacyr de Moraes na nomeação do modal repercutiu mal e gerou descontentamento e frustração em parte da classe política do estado. As críticas vieram, inclusive, de aliados do próprio governador e de deputados na Assembleia Legislativa.
Por sua vez, Mendes frisou que o nome da obra foi uma escolha da Rumo Logística S/A e reiterou que “não se importa” com o nome da obra. “A questão de nome pra mim tanto faz e tanto fez. Eu acho que o Olacy fez muito e quem realmente trouxe a ferrovia para Mato Grosso foi Olacy. Quem escolheu foi a Rumo e pra mim isso é irrelevante”, acrescentou.
Ferrovia
O contrato para construção foi assinado no início desta semana e prevê a construção 730 quilômetros de linha férrea que vão interligar os municípios de Rondonópolis a Cuiabá, além de Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, e que vão se conectar à malha nacional, em direção ao Porto de Santos (SP).
A previsão é de que o início das obras de construção da ferrovia ocorra em 2022. O trecho entre Rondonópolis e Cuiabá tem previsão de conclusão de obras e o respectivo funcionamento no ano de 2025; enquanto a operação no trecho Cuiabá a Lucas do Rio Verde deverá começar em 2028.