Seis meses após o homicídio do advogado Milton Queiroz Lopes, 51 anos, ocorrido no mês de março deste ano, a Polícia Civil de Juara (709 km ao norte de Cuiabá) prendeu mais três pessoas envolvidas no crime, sendo duas delas apontadas como mandantes da morte.
Os mandados de prisão preventiva decretados pelo juízo da Terceira Vara Criminal de Juara foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (17.09) contra dois irmãos, apontados nas investigações como mandantes do homicídio do advogado, e mais uma terceira pessoa identificada como coautor do crime. Os dois irmãos foram presos em uma fazenda de propriedade deles, em Juara, e o terceiro envolvido teve o mandado cumprido em Sinop.
A Polícia Civil prendeu, até o momento, seis pessoas por envolvimento na morte do advogado, sendo as outras três presas no decorrer das investigações. A Polícia apura ainda o envolvimento de um sétimo envolvido, já identificado na apuração sobre o homicídio de Milton Queiroz Lopes.
De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Carlos Henrique Engelmann, os três presos nesta quinta-feira serão interrogados e depois passarão por exame de corpo de delito. Após os procedimentos policiais, serão encaminhados à unidade prisional de Juara, onde aguardarão presos o desenrolar do processo. Os outros três presos anteriormente já foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público Estadual.
O delegado informou que algumas diligências ainda estão em andamento, entretanto, o inquérito da morte do advogado já tem provas bastante robustas. “Agradeço ao apoio do Ministério Público Estadual e de setores específicos da PJC que muito contribuíram com a resolução do caso e a prisão dos envolvidos”, pontuou Carlos Engelmann.
Crime e investigação
Milton Lopes foi alvejado por tiros dentro de seu escritório, na região central de Juara, no dia 17 de março. Após ser atingido, o advogado ainda correu até a porta do escritório buscando socorro e caiu na frente do prédio, onde morreu.
Logo após o crime, em diligências a Polícia Civil prendeu no mesmo dia os dois autores da morte, no distrito de Americana do Norte, no município de Tabaporã.
No mês de agosto, os policiais civis de Juara prenderam em Presidente Prudente, no interior de São Paulo o homem investigado como o intermediário do homicídio. Ele foi apontado nas investigações por ter intermediado negociações entre mandantes e executores do homicídio, crime pelo qual teria recebido a quantia de R$ 150 mil, sendo que um terço do valor foi pago aos dois homens que mataram o advogado.
O homem preso em Presidente Prudente morava em Sinop e após as investigações do homicídio, fugiu do estado.
Assessoria