O Ministério do Desenvolvimento Regional vai financiar com
R$ 10,1 milhões o plano de trabalho do governo do Mato Grosso para combate aos
incêndios que atingem a área de Pantanal ao sul do estado, até mesmo em unidades
de conservação.
A liberação dos recursos foi assinada no início da tarde
de hoje (16) em Cuiabá, em reunião entre o ministro Rogério Marinho e
o governador do estado, Mauro Mendes.
Ação humana
Segundo perícia realizada pelo Centro Integrado
Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT), ligado ao governo do
estado, alguns incêndios foram provocados com o propósito de queimar a
vegetação desmatada, inclusive “para criação de área de pasto para gado.”
A seca agravou o alastramento dos focos de incêndio.
Alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) inclui
quase todo o território do estado em situação de “perigo” por
causa da severidade da estiagem.
Emergência
O governo federal homologou o decreto de emergência no Mato
Grosso, expedido na segunda-feira (14) por Mendes, em razão do aumento de
áreas atingidas pelo incêndio. O reconhecimento da situação pela União e a
liberação dos recursos viabiliza a compra de equipamentos e contratação de
serviços para combate aos focos de queimada e devastação.
Mauro Mendes disse que vai usar os recursos para comprar
retardantes de fogo biodegradáveis, compostos químicos misturados à água, e
alocar mais aviões que fazem o combate direto ao incêndio.
“Há, nos parques, locais inacessíveis, que não têm estrada,
não se consegue chegar onde está o fogo”, afirmou o governador ao defender o
uso dos aviões que despejam os retardantes em áreas em combustão.
De acordo com vídeo publicado por Rogério Marinho, no
Twitter, a liberação dos recursos se deu em tempo “recorde” e “a
elaboração do plano de trabalho, em menos de 24 horas”.
Terça-feira (15), o ministério destinou R$ 3,8 milhões
para auxiliar no combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul.
As Forças Armadas estão trabalhando na luta contra as
chamas, no Pantanal mato-grossense, desde 5 de agosto. Já no Mato Grosso
do Sul, as ações começaram em 25 de julho. Mais de 400 pessoas, entre
militares, brigadistas e civis atuam nos dois estados.