Índios são removidos de aldeias por causa de incêndios

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Jessica Bachega

Devido às intensas queimadas que ameaçam aldeias indígenas em Santo Antonio do Leverger, 45 índios da etnia Bororo foram removidos de suas casas e levados para Casa de Saúde Indígena (Casai), em Rondonópolis (215 km ao Sul). A mudança foi concluída na madrugada desta segunda-feira (14).


De acordo com o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Cuiabá, Audimar Santos, a equipe médica que atende a comunidade recomendou que as pessoas com doenças respiratórios fossem retiradas do local. A medida considerou a densa fumaça que paira na região por causa de muitos incêndios e também casos de covid-19 entre os índios.


O fogo já dura 8 dias da região, mesmo com as ações de combate do Corpo de Bombeiros e voluntários. Ninguém se feriu e as habitações de palha ainda não foram atingidas pelo fogo.


“Não foram todos retirados. Só aqueles que estavam com problemas de saúde e estavam com a saúde mais em risco. Alguns foram para Rondonópolis e outros preferiram ficar com parentes em aldeias vizinhas”, explica o coordenador.

 

Divulgação

terra indigena incendio queimada

 

Os Bororós que foram levados para Rondonópolis moram no Posto Gomes Carneiro, que faz parte da terra indígena Tereza Cristina. Ainda não há informações sobre quanto tempo irá durar a estadia na Casai.


O coordenador afirma que houve mortes de indígenas por conta da covid-19, mas a situação está controlada nas últimas semanas.


Queimadas em terras indígenas
O Instituto Centro da Vida (ICV) aponta que pelo menos 80 famílias que moram na Terra Indígena Baía dos Guató, no Pantanal, entre Barão de Melgaço e Poconé, estão ameaçadas pelo fogo. Quase 10% da área pantaneira foi consumida por incêndio desde seu início, em julho.


A Terra Indígena Perigara tem 35 famílias e as chamas já tomaram mais de 8 mil hectares. Situada em Barão de Melgaço, está e a comunidade mais atingida.


Já a Terra Indígena Tereza Cristina perdeu 12% de área para o fogo, que atingiu 3,3 mil hectares.


Segundo o ICV, das três Terras Indígenas impactadas, a Baía dos Guatós lidera a lista com 89 focos de incêndio, seguida da TI Perigara com 48, e da TI Tereza Cristina com 11.

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