O Brasil ficou na 62ª posição o Índice Global de Inovação
(IGI), em 2020, subindo quatro posições na comparação com 2019, quando o país
ficou na 66ª colocação no ranking que abrange 131 países. Os números foram
divulgados hoje (2) Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI –
WIPO, na sigla em inglês). Apesar da melhora em relação a 2019, o país ainda
abaixo da posição que ocupava em 2011, quando ficou na 47ª colocação.
Em relação aos 37 países da América Latina e Caribe, o
Brasil aparece na quarta posição atrás do Chile (54º), México (55º) e Costa
Rica (56º). No ranking global, os 10 países mais bem colocados do índice são:
Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Finlândia,
Singapura, Alemanha e Coreia do Sul.
Na avaliação da Confederação nacional da Indústria (CNI),
parceira na produção e divulgação do IGI desde 2017, apesar da melhora em
relação ao ano passado, a posição do Brasil é incompatível com o fato de o país
ser a 9ª maior economia do mundo.
“O Brasil continua numa posição abaixo de seu potencial.
Precisamos melhorar o financiamento à inovação, fortalecer parcerias entre
governo, setor produtivo e academia, estruturar políticas de longo prazo e
priorizar a formação de profissionais qualificados”, disse o presidente da CNI,
Robson Braga de Andrade.
O relatório destaca que a pandemia do novo coronavírus
(covid-19) tende a ser um obstáculo para certas atividades inovadoras, mas, ao
mesmo tempo catalisa a inventividade em outros setores, notadamente na área da
saúde.
“Para a CNI, o papel da inovação se mostra cada vez
mais imprescindível diante de um período de incertezas e de retração na
economia provocadas pela pandemia. Se de um lado as empresas se veem com
possibilidades escassas de investimentos, de outro precisam buscar alternativas
para sobreviverem e manterem seus empregados. Daí a necessidade de ser criativo
e apostar na inovação como um diferencial para sair mais forte da pandemia”,
informou a CNI.
O IGI é composto por 80 indicadores de 30 fontes
internacionais públicas e privadas. De acordo com a CNI, desse total, 58
representam dados concretos, 18 são indicadores compostos e quatro são
perguntas de pesquisa. A pontuação em cada um dos indicadores é analisada e
comparada entre os países, estabelecendo a posição no ranking para cada
indicador, subpilar e pilar.
Agência Brasil