João Vieira
Com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
prestes a julgar o recurso que pode
confirmar a cassação da senadora Selma
Arruda (Podemos) e convocar eleição
suplementar para a vaga, os partidos
políticos já apresentaram 13 possíveis
candidaturas para disputar a vaga.
Nesta semana ganhou força o nome do
presidente da Assembleia Legislativa,
Eduardo Botelho (DEM), que afirmou na
quarta-feira (18) que não descarta a possibilidade de se colocar à disposição para uma eventual disputa ao
Senado, caso a cassação da senadora seja confirmada pelo TSE.
O nome de Botelho foi colocado como possível candidato pela deputada estadual Janaina Riva (MDB),
que defendeu uma candidatura de um membro do Legislativo, com apoio dos parlamentares.
“Quem está na política não pode descartar nada. Já recebi até de vários partidos, prefeitos, essa vontade
de me apoiarem, mas eu não quero discutir isso neste momento, a senadora ainda está aí, não foi cassada,
então não vamos discutir ainda o espólio dela antes de consumar a cassação”, disse.
Outros nomes que já se colocaram à disposição pelo DEM é o ex-governador Júlio Campos (DEM) e o deputado
estadual Dilmar Dal Bosco (DEM).
Os deputados estaduais que também foram citados para a disputa são Max Russi (PSB) e Lúdio Cabral (PT),
que recebeu vários elogios de Botelho.
“O deputado Lúdio é um grande nome, um parlamentar brilhante aqui. Tem uma densidade muito forte na
baixada cuiabana, já foi candidato a governador e tem uma projeção dentro do Estado. Então você tem
vários deputados que podem ser lançados como candidatos”, disse.
Já entre os que disputaram o Senado em 2018 e afirmaram que podem disputar novamente a vaga estão
Carlos Fávaro (PSD), que está em ‘pré-campanha’ desde abril, quando o Tribunal Regional Eleitoral
cassou Selma Arruda por 7 a 0, o ex-deputado Adilton Sachetti (PRB) e a ex-reitora da UFMT, professora
Maria Lúcia (PCdoB). No entanto, a comunista defende que se construa uma grande aliança que denomina
de ‘centro-esquerda’, para conter o avanço ‘conservador’ no Brasil.
“Eu penso que é preciso construir uma alternativa de centro-esquerda em caso de uma nova disputa.
Porque acho que temos que fortalecer e equilibrar as forças no Congresso Nacional contra essa onda
conservadora que se instalou lá”, defendeu.
Bastidores
Além dos nomes já colocados na imprensa, nos bastidores outros 5 nomes vem sendo cotados, mas de
maneira mais discreta. Entre eles está o do ex-senador Antero Paes de Barros.
Próximo ao senador Álvaro Dias do Podemos, Antero já teria demonstrado interesse na vaga e poderia se
filiar a legenda para a disputa.
No entanto, quem também pode entrar na briga pela disputa é o deputado federal José Medeiros (Pode),
vice-líder do governo Bolsonaro (PSL) na Câmara Federal. Outro deputado federal que já teria sido escalado
para garantir que o PSL continue com a vaga é Nelson Barbudo (PSL). Apesar do parlamentar dizer que
não discutirá uma disputa ao Senado, já que o processo de cassação não terminou, internamente Barbudo
já articula apoio do PSL nacional para a disputa.
Outro deputado federal que está de olho na vaga é Carlos Bezerra (MDB), mas cacique do MDB tem
evitado comentar o assunto. Porém, nos bastidores, o deputado estaria disposto a disputar a vaga e
cobrar apoio do governo Mauro Mendes (DEM), já que o MDB o apoiou ao governo.
Outro que vem tentando se viabilizar para a disputa é o deputado estadual Xuxu Dal Molin (PSC).
Oriundo do agronegócio, o parlamentar tem se movimentado para buscar apoio para a virtual disputa.