Governador do Estado acredita que crise pode afetar profundamente a arrecadação de impostos
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (DEM)
afirmou, nesta terça-feira (14), que
deverá fazer mais cortes na máquina
pública caso a atividade econômica
nacional siga em queda nos próximos
meses.
Mendes afirmou que existem sinais de
que a economia está em “franco
declínio”, o que vai impactar diretamente
na arrecadação e, consequentemente,
no funcionamento da máquina.
“Nós temos que ir acompanhando a evolução da economia brasileira. Já existe um sinal claro de que o
PIB [Produto Interno Bruto], ou seja, a atividade econômica, está em franco declínio este ano”, afirmou
Mendes, durante evento em Várzea Grande.
“E se isso realmente se confirmar, como vem se confirmando nos primeiros meses, vai afetar
profundamente a arrecadação. Se entra menos dinheiro, temos que cortar mais despesas”, completou.
“Nós estamos tomando várias medidas de maneira silenciosa. Eu não sou uma pessoa que gosta de
ficar tomando medidas espetaculosas. Eu faço, no dia-a-dia, medidas importantes de corte de gastos,
redução de despesa, tanto que já é perceptível para muitos setores que o Governo já melhora seu
desempenho, mesmo no momento de crise”, disse o governador.
Em janeiro, o governador conseguiu a aprovação, junto ao Legislativo, de um pacote de medidas para
contenção dos gastos públicos, denominado “Pacto por Mato Grosso”. O objetivo do Estado é reduzir o
déficit de R$ 3,5 bilhões nas contas públicas.
Diminuindo déficit
Com os projetos aprovados no início do ano, o Executivo vem conseguindo diminuir seu déficit.
Em janeiro, o Estado ficou no vermelho em R$ 168 milhões. Em fevereiro foi de R$ 118 milhões,
caindo ainda mais em março, fechando em R$ 60 milhões. Em abril, houve uma alta, com o déficit
fechando em R$ 72,8 milhões.
Inicialmente, a previsão era de fechar o ano com R$ 1,8 bilhão em restos a pagar.