Celly Silva/GD
Mais interessado em derrubar o governador Pedro Taques (PSDB) do que em ser candidato, o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Joaquim, defende que a oposição apresente vários nomes para competir ao posto de chefe do Executivo estadual, nas eleições de outubro deste ano.
Marcus Vaillant Antonio Joaquim |
“Nós precisamos oferecer opções ao Estado. Do jeito que esse sujeito é, ele vai ficar perseguindo todo mundo. Então, nós temos que ter várias frentes. Ele vai atirar em um, atirar em outro, mas nós temos que ter sobreviventes! Porque ele é assim, ele é bom pra atirar”, disse se referindo ao adversário político.
Em entrevista concedida ao Gazeta Digital, Antonio Joaquim chegou a propor que todas os políticos de oposição ao governo Taques se reúnam para debater temas que, na visão dele, apontam para falhas na atual gestão e fortalecer nomes que possam ser oferecidos como alternativas na campanha eleitoral.
“Eu estou propondo que depois do dia 7 de abril, definidas as composições partidárias, as oposições deverão fazer um fórum das oposições de Mato Grosso com o seguinte tema: Por que em Mato Grosso, apesar das receitas terem crescido no atual governo, há um caos financeiro de caixa?”, disse.
Antonio Joaquim ainda detalhou os eixos que avalia como necessários para debate da oposição: o estouro da folha de pagamento, sonegação de impostos, política de incentivos fiscais, a qual ele classifica como “equivocada” e a crise nos repasses da Saúde.
Nomes da oposição
Ao falar sobre as possíveis candidaturas que foram discutidas e apresentadas nas últimas semanas, Antonio Joaquim se disse feliz porque, segundo ele, “as oposições estavam adormecidas” e aproveitou para destacar aqueles que vê com potencial para disputar o governo.
“O senador Wellington se posicionando com clareza, que ótimo! Ele tem que se reunir com todos os partidos, ele precisa colocar o nome dele à disposição, como eu estou fazendo. Quando eu vejo o Percival Muniz colocando o nome dele eu fico feliz da vida! Quando eu vejo o próprio Zeca Viana admitindo a possibilidade de disputar o governo eu fico feliz. Quando eu vejo o Jayme Campos, que tem legitimidade porque o Jayme tem um contrato com o atual governo até dezembro, é preciso dizer isso com clareza, ele nunca fez parte do governo […] então eu estou feliz!”, afirmou.
Chapa com Wellington
Questionado se aceitaria compor uma chapa com o senador Wellington Fagundes (PR), que afirmou estar pronto para concorrer ao Executivo, o conselheiro afastado demonstrou entusiasmo. “Sim, sem dúvida! Não tenho problema com Wellington. Aliás, nós estamos conversando faz tempo! Nós estamos prontos”.
Em relação ao fato de Wellington ter falado publicamente sobre seu interesse na majoritária, Antonio Joaquim disse ter ficado feliz e que já esperava esse posicionamento do senador, inclusive ter colaborado nisso. “Veja que eu estou há 15 dias já sem fazer declaração nenhuma, exatamente para abrir esse espaço pro Wellington aparecer, se movimentar”, afirmou.