TSE nega pedido de Bolsonaro para suspender divulgação de pesquisa

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TSE nega pedido de Bolsonaro para suspender divulgação de pesquisa: Advogados do deputado alegavam que levantamento era tendencioso e tinha nítido objetivo de manipular os eleitores© Stringer . / Reuters Advogados do deputado alegavam que levantamento era tendencioso e tinha nítido objetivo de manipular os eleitores

O ministro Sérgio Banhos, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), negou pedido de liminar feito pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e o PSL para suspender a divulgação da última pesquisa Datafolha.Em decisão na noite desta quinta-feira (1°), Banhos considerou que, como os resultados da pesquisa já foram noticiados na quarta (31) pela Folha, o pedido ficou “prejudicado”.

Bolsonaro e o PSL, partido que deve lançar o deputado à disputa pela Presidência, pediram alternativamente que o TSE determine à Folha que inclua em seus textos parágrafos afirmando que o parlamentar jamais foi denunciado à Justiça.

O ministro do TSE deverá decidir sobre esse pedido alternativo após ouvir o Datafolha e o Ministério Público Eleitoral.

Os advogados de Bolsonaro e do PSL acionaram o TSE sob o argumento de que a pesquisa, registrada pelo Datafolha no tribunal, além de aferir a intenção de voto para as eleições deste ano, era tendenciosa e tinha nítido objetivo de manipular os eleitores em prejuízo do parlamentar e em benefício de uma determinada candidatura cujo registro perante o TSE é natimorto referência à eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Bolsonaro queixa-se sobretudo de uma questão a respeito de seu patrimônio. “Você tomou conhecimento sobre denúncias envolvendo o aumento do patrimônio da família do deputado Jair Bolsonaro desde o início da sua carreira política?”, perguntou o Datafolha aos entrevistados.

A questão atribuiu a Bolsonaro, diz sua defesa, “a pecha de denunciado por enriquecimento ilícito, de forma manifestamente difamatória”. O texto afirma que ele nunca foi denunciado por acréscimo de patrimônio.

Segundo o Datafolha, o questionamento acerca do patrimônio de Bolsonaro foi feito após as perguntas sobre intenção de voto, sendo, portanto, impossível ter exercido alguma influência no resultado obtido em relação à corrida presidencial.

No começo do mês, reportagem da Folha apontou que o patrimônio de Bolsonaro se multiplicou desde 1988, início de sua carreira política.

Os advogados que assinam a representação, Tiago Ayres, Gustavo Bebianno Rocha e André Castro, pediram originalmente ao TSE a suspensão imediata, em caráter liminar, da divulgação dos resultados da pesquisa Datafolha, e o posterior impedimento definitivo de sua veiculação pedido que, segundo Banhos, perdeu o objeto. Com informações da Folhapress.

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