Karine Miranda/ GD
O Fórum Sindical, que representa 32 sindicatos de servidores do Estado, considerou “gravíssimas” as denúncias do suposto esquema de interceptações telefônicas ilegais feitas pela Polícia Militar de Mato Grosso, a mando de membros do primeiro escalão do governo Pedro Taques (PSDB).
Teriam sido alvos de grampo ao menos 120 pessoas, entre eles jornalistas, assessores parlamentares da AL, a deputada estadual Janaina Riva (PMDB) e servidores do Estado. De acordo com Edmundo Leite, presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), uma ação contra “a pratica criminosa” pode ser ajuizada contra o Executivo.
Servidores condenam o uso de grampos ilegais |
“Isso vai ser trabalhado mais para frente, porque não pode ficar desse jeito. Quem garante que eu ou você não estamos grampeados? O Taques ouviu vários servidores, quem garante que não grampeou os sindicatos”, comentou.
Não se sabe se as medidas a serem adotadas pelo fórum será um ato ou ação judicial. “Não podemos comentar agora, porque esses grampos deixaram todos com um pé atrás e queremos ter essa carta na manga”, disse.
Em nota pública enviada após reunião ordinária, o fórum cobrou dos responsáveis imparcialidade e rigor nas investigações. “Cientes que em nosso País ninguém está acima da Lei, e por isso solicitar das autoridades responsáveis total imparcialidade e rigor nas investigações, e que informe para a sociedade os integrantes dessa Organização Criminosa”, diz.
O fórum cobrou ainda que seja divulgada a lista completa dos cidadãos que foram grampeados no período da denúncia feita pelo promotor de Justiça, Mauro Zaque, bem como se a prática “inescrupulosa” de grampos ilegais continuou após ele entregar o cargo de secretário de Estado de Segurança Pública.
“Apoiaremos todas as iniciativas que forem tomadas para esclarecer os fatos e punir os culpados por tão grave atentado contra a cidadania e os direitos do povo de Mato Grosso”, diz.
Foto/Divulgação/Fórum Sindical