Morre em confronto com a Polícia o segundo suspeito de ter matado um policial militar durante roubo em Sinop (500 km ao Norte). Marcos Antônio dos Santos, 23, o “Marquinhos”, não resistiu ao quinto dia do cerco policial, em meio à mata fechada, na região do Rio Azul, a cerca de 40 quilômetros de Cláudia (620 km ao Norte).
Segundo informações do major PM Murilo Franco de Miranda, coordenador de comunicação da Polícia Militar, a troca de tiros entre o suspeito e PMs da região ocorreu por volta das 23h de sexta-feira (3). Ferido gravemente com um disparo na cabeça, Marquinhos ainda foi removido para unidade hospitalar do município, onde chegou morto.
Com esta morte sobem para 10 o número de homicídios na região, desde o latrocínio que vitimou o soldado PM Fábio Zampirão, 31, ocorrido por volta do meio-dia do dia 31 de janeiro, no bairro Jardim Florença, em Sinop. Dois criminosos em uma moto teriam invadido a residência, aproveitando o momento em que a esposa do soldado chegava em casa. Durante o roubo o policial teria sido atingido pelos bandidos pelas costas, possivelmente quando tentava pegar sua arma. O policial ainda foi removido para hospital, mas morreu em seguida.
Divulgação Marquinhos, segundo a PM, possui extensa ficha criminal
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A dupla fugiu em uma moto, que foi abandonada no bairro Boa Esperança. O cúmplice de Marquinhos foi morto em cerco policial na noite do mesmo dia, em mata na cidade de Sinop. Ao todo, na primeira madrugada após a morte do PM, oito pessoas foram executadas na cidade. Fato mobilizou as forças de segurança do Estado que foram enviadas para região.
O secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, garantiu que as mortes serão apuradas e que não serão admitidos “excessos”. Mas lembrou que parte das vítimas teria passagens por tráfico de entorpecentes, sugerindo que as mortes seriam resultado de ação de traficantes.
Na sexta-feira (3), policiais dos grupos especializados da PM – Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) -, foram deslocados para a região de mata onde Marquinhos estava escondido. Mais de 60 policiais se revezaram no cerco. Antes de se embrenhar na mata, região que conhecia, o suspeito se alimentou na casa de outras vítimas de roubo que fez durante a fuga.