O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), saiu em defesa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e afirmou que ele não é o único culpado no atraso das obras da Copa do Mundo, em Cuiabá e Várzea Grande.
No total, a atual gestão do governador Pedro Taques (PSDB) “herdou” 22 projetos inacabados da Copa do Mundo. Entre esses projetos está o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que custou pouco mais de R$ 1,4 bilhão.
“Todo mundo hoje aponta o dedo para o Silval. Mas todos estavam envolvidos nessa fiscalização. Eram 300 órgãos, todos estavam fiscalizando. E ninguém cobrou a tempo. Cobrar depois é muito mais fácil. É tranquilo”, disse.
“Mas todo mundo, o Tribunal de Contas da União, do Estado, nós lá do Senado, da comissão da Copa…Todo mundo fiscalizou, todos vinham aqui. Mas as coisas não deram certo e ficam apontado o dedo só para uma pessoa? É complicado. E não estou falando de corrupção, estou falando de cronogramas de obras. Eles estavam aí, para todos acompanhar. Isso é fato”, criticou.
Blairo disse lamentar o fato da várias obras não terem sido concluídas. Mas ressaltou que é preciso empenho da atual administração de modo a viabilizar seus términos.
Taques chegou a assinar um Termo de Ajustamento de Gestão (TAGs) com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e os consórcios de modo a garantir a finalização dos projetos ainda em 2016.
“Eu lamento como todo mundo, porque imaginava, hoje, dois anos depois da Copa, Cuiabá com todas as obras prontas, funcionando, melhorando a qualidade do tráfego. Não conseguimos terminar a tempo. Os motivos foram vários, mas agora tem que correr atrás. Tem que concluir todas essas obras”, disse o ministro.
VLT
Quanto ao modal de transporte, Blairo Maggi disse ter sido defensor, desde o início, do Bus Rapid Transit (BRT).
No entanto, após gastos mais de R$ 1 bilhão no VLT, o ministro defendeu o termino da obra.
“Acho que essa obra é igual gravidez, não pode voltar atrás. Não deveria. Minha opinião sempre foi contra o VLT, meu projeto não era esse. Mas do jeito que está, tem que concluir. Senão um todo, mas parte dele”, afirmou.