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Três policiais militares foram condenados pela Justiça de Mato Grosso a 5 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto por tortura e violência sexual contra um sapateiro, em 2007. Decisão é da juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal da Capital, proferida em janeiro deste ano, mas divulgada ontem (16).
Segundo a denúncia do Ministério Público, os policiais que atuavam na Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), torturam o sapateiro W.S.G, na época com 46 anos, para que confessasse participação no roubo da chácara de um sargento.
Crime ocorreu por volta das 22h da noite de 26 de novembro, nos fundos do condomínio Santa Inês, em Cuiabá. Foram condenados Darijarbas de Lima Albuquerque, Helbert de França Silva e Erlon Rodrigues Pereira.
A defesa alegou que “os acusados agindo em concurso de pessoas constrangeram W.S.G, com emprego de violência e grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico e mental, com o fito de obter informação e confissão”.
Na denúncia, o MPE afirma que um dos presos mentiu sobre a participação do sapateiro, por temer os policiais. Detido, a vítima foi agredida com chutes e abusado sexualmente com um cassetete, para que contasse a localização de outros envolvidos.
O sapateiro negava o crime, mas as agressões continuaram até que foi levado para uma delegacia acusado de assalto. Em depoimento, ele contou que ficou preso por 3 meses pelo crime de roubo e sofreu trauma devido o ocorrido.
Os policiais também perderam os cargos, por determinação da Justiça.