Motoristas reclamam dos buracos na BR-364

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Motoristas que trafegam pela BR-364, próximo ao município de Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá), reclamam das péssimas condições do asfalto. Adailson Silva Trindade, 45, disse que após pagar pedágio, ele teve duas rodas amassadas e dois pneus estourados. “Esse trecho é super mal conservado, além de pagarmos o pedágio estamos colocando as nossas vidas em risco”.

O caminhoneiro, Joelson Dias, 58, afirma que esse trecho acontece muitos acidentes, devido a imprudência de alguns motoristas em trafegar em alta velocidade e quando deparam com os buracos tentam desviar, usando o outro lado da pista. “Já vi muitas mortes nestes trechos, porque os buracos são constantes. Além disso, o Dnit deveria fazer um trabalho de recapeamento nestes locais, ainda mais que fez um acordo com a Rota do Oeste”.

O veterinário Emanuel Assunção, 35, relatou que ficou por horas parado à beira da rodovia aguardando o atendimento do seguro. Dois pneus do seu carro, um Ecosport, furaram com o impacto em um buraco no asfalto. Temendo ficar dentro do carro ele foi obrigado a adentrar ao mato que toma conta do estacionamento para resguardar sua vida.

“Estou numa curva, sem sinalização e cheia de buracos. Mesmo sinalizado e com alerta ligado, corro o risco de uma carreta bater no meu carro” – disse ele. Emanuel vinha de Cuiabá e contou que nos 800 km que percorreu, aquele era o pior lugar. Ele seguia para Rondonópolis a negócios.

Emanuel destaca que além de gastar com o pedágio que ficou em torno de R$ 25, ele vai ter que desembolsar para comprar dois pneus novos, porque os deles não teve como remendar.

“Fico triste com a situação desta rodovia, porque é a única saída que temos para chegar em Rondonópolis e percorrer o Brasil. O que acho mais lamentável é que saindo de Mato Grosso, as estradas são ótimas, aqui que as coisas não funcionam”.

Como toda rodovia federal, a BR-364 é responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Outro lado

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Concessionária Rota do Oeste assinam na segunda-feira (15/02) um Termo Aditivo ao contrato de concessão da BR-163/BR-364 para transferência dos trabalhos de conservação de um trecho de 174 quilômetros entre os municípios de Rondonópolis e Cuiabá, com exceção da Serra da São Vicente, por um período de nove meses.

Mesmo antes da formalização, a Rota do Oeste atua neste segmento com os trabalhos de recuperação emergencial com quatro equipes diariamente no local. O início destes trabalhos ocorreu em outubro de 2015, após a ANTT solicitar que a empresa assumisse a conservação do trecho.

A partir da próxima segunda-feira (15), mais duas equipes de restauração de pavimento passam a atuar no trecho, priorizando os pontos mais críticos. Serão mobilizadas 129 pessoas, 87 máquinas e seis frentes de trabalho. A previsão é que as condições melhorem em 90 dias, devido às chuvas e ao elevado grau de deterioração do trecho, os resultados demandam mais tempo.

O responsável legal por este segmento da BR-364, no entanto, continua sendo o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit). Assim que os trabalhos foram solicitados pela ANTT, agência reguladora do contrato de concessão da BR-163, a Rota do Oeste iniciou prontamente as obras de conservação no local, que mantém até hoje ininterruptamente. Os trabalhos são priorizados de acordo com avaliação técnica e de segurança.

Até o momento, a Concessionária já construiu 117 km de pistas duplicadas no sul do estado recuperou 450 km de pista entre a divisa de Mato Grosso do Sul e Rondonópolis, o contorno de Cuiabá e Várzea Grande e entre Posto Gil e Sinop. Em setembro de 2015, iniciou os trabalhos de recuperação, manutenção e conservação do segmento de 108 quilômetros entre Trevo do Lagarto (Várzea Grande) e Rosário Oeste.

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