BRASÍLIA – Foram fechadas em dezembro 596.208 vagas formais de trabalho no país, levando a um resultado de 1,542 milhão empregos pela CLT que deixaram de ser oferecidos no ano passado. Foi uma queda de 3,74% do estoque formal de trabalho celetista no Brasil, segundo o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto. É o pior resultado da série histórica, que existe desde 1992.
— A redução importante, mas não destruiu as conquistas do mercado de trabalho do Brasil nos últimos anos — disse Rossetto.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados na manhã desta quinta-feira. Em 2015, foi registrada uma queda real de 1,64% na renda dos trabalhadores brasileiros.
Dos oito setores consolidados no Caged, houve grande redução na indústria da transformação (608 mil) e na construção civil (416 mil), que concentra parcela importante dessa redução dos postos em 2015. Nos serviços, foram 276 mil vagas fechadas.
Em termos de localização, os estados com maior concentração do mercado e da indústria no país foram mais afetados, segundo Rossetto. São Paulo foi o estado que perdeu mais vagas, sendo quase 500 mil os desligamentos.
O número de empregos em estoque no país voltou ao nível de 2012, segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
— Não é correto afirmar que 2015 destruiu as conquistas dos últimos anos. Continuamos com mercado formal elevado no país, mesmo que números do ano passado não tenham sido positivos — disse Rossetto.