Pacote anti-corinthias pode tirar o Brasileirão da Globo

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R$ 600 milhões, contrato de 2019 a 2024, distribuição seguindo o modelo da Premier League, fim dos jogos às 22h e cláusula ‘anti-Corinthians’ para evitar a concentração de jogos de apenas um clube na televisão. Esse é o pacote que o canal Esporte Interativo discute com os dirigentes para superar a Rede Globo e assegurar os direitos de transmissão em TV fechada do Brasileiro por seis temporadas.

Conforme mostrado pelo ESPN.com.br, uma reunião na última quarta-feira, no Rio de Janeiro, deixou um acordo mais próximo entre as partes.

Segundo apurado pela reportagem, sete times “se comprometeram” a avançar nas conversas e passarão a tratar a partir da próxima segunda-feira dos detalhes do acordo a ser assinado por eles.

Para isso, os seus departamentos jurídicos já foram convocados. Grêmio, Inter, Santos, Fluminense, Coritiba, Atlético-PR e Bahia fazem parte do grupo que mantém negociações mais adiantadas.

O Sport também esteve presente no encontro desta semana, mas balança entre a proposta do Esporte Interativo e da Globo.

Ainda podem reforçar o bloco o Flamengo e o São Paulo, que chegaram no fim da reunião para conhecer as cifras e o modelo colocados na mesa e ficaram de estudar a proposta da emissora. A entrada dos dois é considerada fundamental dentro da estratégia adotada pelo EI para assegurar os direitos do Brasileiro.

Em caso de sucesso, ela passaria a contar, assim, com nove clubes dentro de um universo de 20 na Série A. Ainda mais importante, distribuído entre regiões diferentes: Rio Grande do Sul (Grêmio e Inter), Paraná (Coritiba e Atlético-PR), São Paulo (São Paulo e Santos), Rio de Janeiro (Fluminense e Flamengo) e Bahia (Bahia).

Com praticamente metade dos membros da primeira divisão, seria relativizado um possível imbróglio que surgiria com o confronto entre seus clubes e outros que fecharam com emissoras concorrentes.

Corinthians, Vasco e Botafogo estão apalavrados com a Globo, por exemplo.

Atualmente, o valor pago pela atual detentora dos direitos do campeonato para a transmissão em TV fechada corresponde a 3% do total desembolsado com as cotas anuais.

Esse foi o segundo encontro entre os cartolas e o Esporte Interativo.

Existe o consenso de que o modelo vigente está desgastado. Entre as mudanças propostas, está o rateio do dinheiro seguindo os critérios da Premier League: 50% de forma igualitária, 25% de acordo com desempenho técnico e outros 25% a partir da audiência. Esse foi um pedido das equipes, que bateram o martelo também no total a ser dividido: cerca de R$ 600 milhões.

Elas ainda debateram outros tópicos como o número de jogos a serem transmitidos por rodada, se eles seriam televisionados para suas respectivas praças, o fim do horário das 22h, maior poder de decisão e redução da distância entre os times com mais partidas na TV e os demais.

Foi mencionada a relação direta entre os patrocínios e a visibilidade oferecida.

Até aqui, as negociações acontecem em conjunto, mas os contratos, se assinados, serão individuais.

A expectativa é de que os acordos venham a ser sacramentados em até 15 dias. Alguns clubes ainda teriam de submetê-los aos seus Conselhos Deliberativos e, por isso, necessitam de um pouco mais de tempo.

Ao todo, 18 times carregam contrato com a Globo até 2018: Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Grêmio, Inter, Atlético-MG, Cruzeiro Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Bahia, Vitória e Sport.

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