São Paulo – O primeiro tablet lançado diretamente pelo Google chegou ao mercado em diversos países nesta semana. Com isso, as análises começaram a sair por toda parte. EXAME.com fez um levantamento destacando os principais pontos do produto, chamado Pixel C. Confira a seguir.
Segundo o The Verge, o Pixel C tem o visual da linha Chromebook Pixel, mas o tamanho de uma folha de papel A4. Sua tela de 10,2 polegadas tem resolução de 2.500 por 1.800 pixels, o que lhe dá uma densidade de 309 pixels por polegada. Ela tem boa qualidade, mas os vídeos em 4K são exibidos com faixas pretas nas laterais, devido ao seu formato pouco convencional de display.
A configuração do produto é avançada. Ele tem processador Nvidia Tegra X1, 3 GB de RAM e GPU Maxwel. Isso tudo mostra que o aparelho tem vocação para games, afinal, a Nvidia se destaca nesse segmento. Nos benchmarks, aplicativos que medem desempenho geral do produto, o Pixel C se destacou no BaseMark, com 41.000 pontos – o que é mais de 65% do que que conseguiu o smartphone Galaxy S6 Edge, da Samsung – de acordo com oAndroid Pit.
A bateria do gadget do Google tem longa duração. No teste do The Verge, feito com navegação na web, o aparelho permaneceu por 11 horas ligado. Já o Trusted Reviewsconstatou que perde-se 10% da carga a cada uma hora de reprodução de vídeos no Netflix.
Em termos de usabilidade, o aparelho mostrou alguma demora na abertura de apps, o que mostra, segundo o The Verge, que o Google ainda não conseguiu tirar total proveito do hardware do Pixel C. Outra falha é que a conexão com o teclado, que acontece por Bluetooth, não é 100% estável. Ela pode cair e, quanto volta, uma série de letras F’s aparecem.
Sobre o software, o Android do Google ainda não tem suporte para o uso de mais de um app simultaneamente. Isso já está presente em versões modificadas do sistema feitas por outras empresas, como a Samsung. Essa ausência pode atrapalhar quem quer usar o produto para produtividade.
A conclusão das análises é consonante: o Pixel C é um ótimo tablet Android, mas ele não chega a reinventar o uso do dispositivo – e não é muito diferente do que todas as outras fabricantes já tentaram fazer.