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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa já possui provas suficientes que poderiam levar para a prisão os responsáveis pela execução das obras do evento ocorrido na Capital.
De acordo com o presidente da CPI, deputado Oscar Bezerra (PSB), o resultado das investigações e depoimentos serão apresentados ao Ministério Público Estadual (MPE), que deverá representar os responsáveis na justiça.
“As provas são suficientes e o grau de indiciamento dependerá do MP”, disse. A Comissão ouviu neste semana o ex-adjunto de Infraestrutura e Desapropriações da extinta Secopa, Allyson Sander de Souza, e o ex-presidente de Licitação da Secopa, Eduardo Rodrigues.
Oscar Bezerra avaliou os depoimentos como evasivos. “O responsável pela licitação da Secopa alega que tudo vinha pronto pra ele assinar, que não participou da montagem desses editais”, destacou o parlamentar.
O presidente da Comissão pontuou que muitos depoimentos foram mentirosos. “As pessoas vêm aqui com mentiras ou omitindo informações. Essas pessoas serão responsabilizadas por prestar depoimentos incoerentes”, alertou.
O responsável por licitar as obras da Copa se defendeu dizendo que era apenas mandado. “O secretário mandava tudo pronto”, disse.
Na época o secretário era Eder Moraes, que já prestou depoimento à CPI.
Recesso
Mesmo com o fechamento do parlamento para o recesso de final de ano e para a reforma do prédio, Oscar Bezerra garantiu que os trabalhos da CPI não vão parar. “Estaremos neste final de ano e janeiro analisando contratos e documentos”.
Em fevereiro, a CPI continuará as oitivas e o ex-secretário da Secopa, Maurício Guimarães e o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), atualmente preso acusado de corrupção, irão prestar esclarecimentos sobre os contratos milionários das obras da Copa.