Aos 23 anos de idade, Neymar já é o quarto maior artilheiro da história da seleção brasileira e tem ótimos números. Mas ele tem uma importante ‘pedra no sapato’ até aqui em sua trajetória: rivais sul-americanos.
Não fossem os duelos contra time da América do Sul, Neymar teria verdadeiramente números de Pelé na seleção brasileira. Apenas contra seleções do resto do mundo, ele fez 44 jogos e 36 gols, uma média de quase 0,818 gols por partida.
‘Rei do Futebol’, Pelé se aposentou da seleção brasileira com 95 gols em 115 jogos, uma média de 0,826 por partida.
E a média dele só foi tão boa porque ele conseguiu ir bem justamente contra os sul-americanos. Contando apenas jogos contra seleções – à época, o Brasil enfrentava times ou selecionados locais -, Pelé tem 77 gols, sendo quase metade (34) contra as seleções da América do Sul.
Já Neymar vê sua média despencar pela metade contra rivais locais. São 25 jogos e apenas 10 gols contra times do continente, uma média de só 0,4. Por partida. Em jogos oficiais – Copa América e eliminatórias – são só três gols.
As grandes vítimas de Neymar por aqui são Bolívia (dois gols em um jogo) e Equador (dois gols em dois jogos). Argentina e Colômbia também tomaram os mesmos dois gols, mas em mais jogos (oito e quatro, respectivamente).
O desempenho ruim contra sul-americanos, claro, joga a média geral de Neymar para baixo na seleção. No total, são 69 partidas e 46 gols, uma média de 0,666 por jogo.