Faiad reage a novo vazamento de grampo

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O advogado Francisco Faiad repudiou na noite deste sábado (19) mais um vazamento de grampo telefônico, onde o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso desde a tarde de quinta-feira (17), aparece conversando com uma pessoa, apontada como sendo um de seus defensores.

O diálogo foi exibido por uma emissora de TV e qualificado como mais um “absurdo” por Faiad, que já foi presidente da Ordem dos Advogados de Mato Grosso (OAB/MT). “Vamos tomar providências. Isto é uma violação do Estatuto da Advocacia, um abuso”.

Para o advogado, o ato praticado é criminoso e demonstra “uma clara e evidente forma seletiva de vazamento, que induz a algo que não é verdade”. Faiad nega que a transcrição de telefonemas mantidos por Silval com advogados e um magistrado tenha sido juntada ao processo em que a ex-primeira dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, é ré.

Ele lembra que, por lei, quando uma parte junta documentos, a outra deve obrigatoriamente ser intimada e isto não ocorreu, garantiu à reportagem do GD, completando que “o processo é público, mas esses tipos de documentos são sigilosos e jamais poderiam ser disponibilizados”.

Junto aos advogados Ulisses Rabaneda e Valber Melo, Faiad integra a defesa de Silval e Roseli Barbosa, ex-primeira dama de Mato Grosso. Os três, segundo o ex-presidente da OAB, analisam quais medidas são cabíveis para a situação. Faiad antecipa que os advogados querem a apuração dos fatos e a identificação dos responsáveis pelos vazamentos para que possam acioná-los judicialmente.

Para Ulisses Rabaneda, sobre a conversa de Silval e Machado apenas eles próprios podem falar. Mas avalia que no diálogo exibido não há nada que incrimine o ex-governador e o magistrado. “Do diálogo que vi, não identifiquei nenhum tráfico de influência. Juízes são pessoas, possuem relacionamentos, isso é normal. Por conta de casos deste tipo, é que há a figura da suspeição”.

Entenda ao caso

Na sexta-feira (18) foram divulgadas conversas entre Silval Barbosa e Nara de Deus Vieira, chefe de gabinete do vice-presidente da República, Michel Temer. No diálogo, o ex-governador Silval Barbosa estaria tentando usar de influência política para obter a soltura da esposa, Roseli Barbosa, presa durante a Operação Ouro de Tolo.

Nas análises das transcrições realizadas pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com autorização da Justiça, a ex-primeira dama teria obtido habeas corpus através da ajuda de Temer, filiado ao PMDB como Silval.

No relatório consta que Roseli foi solta por decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Reynaldo Soares da Fonseca, empossado no cargo em maio deste ano com o apoio de outro peemedebista, o ex-presidente José Sarney.

A evidência da articulação, segundo o Gaeco, estaria demonstrada na última ligação quando Nara Vieira pergunta a Silval qual é o nome completo de Roseli.

A assessoria do vice-presidente, Michel Temer, divulgou nota afirmando que não houve nenhuma gestão para liberação de Roseli Barbosa.

Também através da assessoria, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca garantiu ter “proferido uma decisão técnica e que não conhece nem o ex-governador e muito menos a sua senhora”.

Já na quarta-feira (16) foram divulgadas por uma emissora de TV em Cuiabá gravações de conversas telefônicas entre Silval Barbosa, um advogado não identificado e o desembargador Marcos Machado.

Com o advogado, Silval falava sobre ações a serem tomadas para agilizar a liberação da ex-primeira dama. Com o magistrado, a reportagem apontou para suposto tráfico de influência.

Machado descartou qualquer interferência em favor de Roseli Barbosa e, no dia seguinte, solicitou ao próprio Tribunal de Justiça do Estado que o investigue.

Na noite deste sábado (19), houve a nova divulgação de áudio entre o ex-governador e um advogado, fato que provocou a reação de Faiad. (Com informações de Gláucio Nogueira, repórter de A Gazeta)

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