Após o empate por 1 a 1 no clássico contra o São Paulo, no domingo, o técnico do Corinthians, Tite, afirmou que precisaria rever o último lance do duelo, quando Uendel teria desviado a bola com a mão dentro da área. Já nesta terça-feira, o treinador não tem mais dúvidas: para ele, foi pênalti.
“Se eu fosse árbitro, eu dava pênalti no lance do Corinthians. Dei minha palavra que falaria depois, estou falando. O campeonato nos tirou pênaltis lá atrás, e agora nos deu”, disse.
Porém, Tite também esclareceu que sua equipe foi prejudicada na expulsão de Felipe, que recebeu dois cartões amarelos, e, consequentemente, o vermelho.
“Nem amarelo e nem falta foi do Felipe. Esses dois lances foram muito claros para mim. Nem falta foi, ele ganhou a bola na velocidade e na força”, afirmou.
Atualmente na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, o Corinthians soma 34 pontos, a dois do líder Atlético-MG. “Das oito equipes que estão na frente, quem está um degrau acima é o Atlético-MG. Peças de reposição, tempo com técnico, entrosamento. As outras sete têm potencial de crescimento. Esse pelotão vai permanecer por um bom tempo”, explicou.
O próximo duelo do time alvinegro é na próxima quarta-feira, em casa, contra o Sport, comandado por Eduardo Baptista. Tite elogiou o treinador do clube pernambucano.
“Mais do que opinião, é parabenizá-lo. Tem o DNA do pai na conduta, está aqui um reconhecimento a dois grandes profissionais. Trabalha com duas linhas bem compactadas, conseguiu harmonizar. Ele está ajudando a quebrar, mesmo jovem. Ouvi um comentário do Gian Oddi (comentarista dos canais ESPN) que tínhamos que rever as pautas, que a cada três derrotas de equipe, a gente pergunta ao diretor se o técnico vai cair. No início do campeonato, ele esteve em situação difícil e está sendo agente para mudar a ideia”, falou.
Ainda sobre o Sport, o técnico do Corinthians foi solidário ao adversário, que reclamou da CBF por colocar o trio paulista Luiz Flávio de Oliveira, Alex Ang Ribeiro e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa no duelo contra o time alvinegro.
“Eu fiquei pensando o que deveria dizer para vocês. Torço muito para a arbitragem fazer um grande jogo. É uma insensibilidade de quem comanda, não há necessidade. Há uma série de árbitro de outros estados que poderiam evitar esse falar no dia anterior. Gera pressão. Temos de cuidar dos atletas, jogo, e não falar de árbitros”, discursou.