Dudu não escapou da pena de 180 dias por empurrar o árbitro Guilherme Ceretta de Lima, na final do Campeonato Paulista, contra o Santos. O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SP) entendeu que o atacante agrediu o juiz e manteve a punição pesada.
O Palmeiras até conseguiu reduzir a multa pelo atraso ao se apresentar na partida de R$48 mil para R$16 mil, mas foi a única vitória do dia para o clube no TJD-SP.
Depois do pronunciamento da defesa, que recordou casos como o de Thiago Heleno e Guerrero, entre outros, para tentar desqualificar a punição por agressão, o relator do processo deu o tom do que seria a decisão final. O voto foi pela manutenção da pena de 180 jogos, pelo artigo 254-A (praticar agressão física), justificando que a intenção de Dudu foi de atacar o árbitro, e que a agressão não foi pior por conta dos companheiros do atleta, que o afastaram de Ceretta de Lima.
A decisão que se seguiu foi longa, com muita discussão, e dividida. Mas o resultado foi largamente favorável à manutenção do enquadramento como agressão, contra o pedido da defesa de ato hostil. Como a agressão se deu contra um árbitro, a pena mínima prevista pelo código é de 180 dias.
Dudu poderá reduzir a pena pela metade em troca de prestação de serviços comunitários. Ainda assim, perderia três meses e voltaria apenas na reta final do Brasileiro (o atleta já cumpriu 15 dias da pena). O Palmeiras ainda pode recorrer da decisão.