O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de habeas corpus para colocar em liberdade o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes (PHS), preso desde o dia 1º de abril quando foi alvo de mandado de prisão preventiva decretada pelo juiz federal Jeferson Schneider, na 7ª fase da Operação Ararath. Relator do HC, o ministro Ericson Maranho, indeferiu o pedido de liminar na tarde desta terça-feira (30).
A defesa do ex-secretário, acusado de ser o operador político de um complexo esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, ingressou com o recurso no STJ na última quinta-feira (25)diante da demora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em apreciar o primeiro pedido de habeas corpus impetrado há mais de 2 meses. A previsão é que a íntegra da decisão seja divulgada nesta quarta-feira (1º) de julho quando Eder completa 3 meses preso no Centro de Custódia de Cuiabá.
Os crimes imputados a Eder Moraes pelo Ministério Público Federal (MPF) são investigados na Operação Ararath deflagrada em 2013 e foi dividida em etapas, pois são dezenas de investigados entre empresários, empresas, políticos com foro privilegiado e integrantes dos poderes constituídos em Mato Grosso.
Apontado como mentor e operador político de um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro que movimentou mais de R$ 500 milhões, Eder Moares foi preso em abril, pela 2ª vez, sob acusação de tentar se desfazer de bens como imóveis e veículos transferindo para nomes de terceiros na tentativa de ocultar a real propriedade dos imóveis e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro de bens.
Até o momento, o ex-secretário é réu em 7 ações penais que tramitam na 5ª Vara da Justiça Federal, sob o juiz Jeferson Schneider e existem ainda pelo menos mais 4 inquéritos em andamento que ainda não foram concluídos pela força-tarefa formada por 5 procuradore da República, sob o comando do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na próxima quinta-feira (2), Eder Moraes deve prestar dopoimento na Justiça Federal juntamente com os advogados e irmãos Alex Tocantins Matos e Kleber Tocantins Matos, também réus em uma dos processos.