A aprovação do projeto de reforma política, que deve entrar na pauta da Câmara Federal nesta semana, conforme anunciado pelo presidente da Mesa Diretora, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), será determinante para a decisão do governador Pedro Taques de sair ou não do PDT para se filiar a outra legenda.
Taques, já havia adiantado que anunciaria sua escolha ainda em maio. Agora, afirma que tudo vai depender de a proposta de abertura de uma janela para desfiliações sem a perda de mandato ser aprovada dentro do projeto da reforma política, dando a entender que, se a propositura for aprovada, ele deve mesmo deixar sua atual legenda.
A aprovação pela Câmara Federal deste item da reforma pode frustar as eventuais medidas jurídicas que o PDT poderia adotar contra o mandato de Taques como governador, caso ele realmente saia do partido. Presidente da sigla em Mato Grosso, o deputado estadual Zeca Viana não confirmou se o partido recorreria ao Judiciário, mas pontuou que a possível iniciativa estava sob discussão.
Se de um lado, Taques vem dando, cada vez mais, sinais de que vai mesmo deixar o PDT, de outro, vem mantendo uma aproximação mais clara do PSDB, apesar de também ter recebido convites de outras legendas aliadas ao seu governo, como o PSB, presidido no Estado pelo prefeito de Cuiabá Mauro Mendes. Mesmo assim, vem preferindo não afirmar ou dar muitos sinais de para qual das legendas que o convidou deve migrar.