Governador do Estado, Pedro Taques (PDT) defendeu a fiscalização dos recursos destinados à verba indenizatória dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.O benefício teve um aumento de mais de 80% na recém-iniciada gestão do deputado Guilherme Maluf (PSDB) e saltou de R$ 35 mil para R$ 65 mil, fora outros benefícios que cada um dos 24 parlamentares continuarão recebendo, no montante de aproximadamente R$ 127 mil mensais. Por ano, a Casa passaria a gastar mais de R$ 36 milhões.
Em entrevista ao Grupo Gazeta, nesta sexta-feira (17), o pedetista lembrou que, na condição de senador da República, utilizou verba indenizatória cujo valor era de R$ 34 mil.Na época, o dinheiro era utilizado para custear despesas do escritório em Cuiabá e viagens pelo interior do estado, o que compreende compromissos com hospedagem, alimentação, combustíveis, entre outros.Taques defendeu o benefício dos deputados, mas evitou dizer qual valor considera apropriado para os parlamentares.
“Eu, como senador, tinha verba indenizatória de R$ 34 mil por mês e precisava viajar ao estado. O deputado também precisa dessa verba. Agora o valor tem que ser discutido internamente. Não cabe ao governador se incluir nessa questão. Eu não faço ideia do com que será gasto isso. Mas eu defendo a existência de fiscalização, tem que ter fiscalização”.
O aumento da verba e o concomitante pagamento dos outros benefícios foram discutidos durante toda a semana na Assembleia. Diante de reportagens do jornal A Gazeta denunciando a gastança, Maluf rebateu as informações com o argumento de que sua gestão adotou medidas de contenção de gastos, sendo 30% na área de comunicação.