Quer melhorar a sua memória? Faça exercício físico!

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Fazer 20 minutos de exercício físico moderado é suficiente para melhorar a memória a longo prazo. A conclusão é de um estudo norte-americano realizado por investigadores do Georgia Tech Institute.

Quem quiser beneficiar o cérebro e melhorar a memória a longo prazo tem ao seu alcance uma solução simples e, ao que parece, eficaz. De acordo com o estudo publicado na revista científica Acta Psychologica, apenas tem de dedicar um curto período de tempo à prática de atividade física – 20 minutos – para que a sua memória possa ser reforçada. 

Os cientistas do Georgia Tech Institute, nos Estados Unidos da América, convidaram 46 pessoas (29 mulheres e 17 homens) a observar uma série de 90 fotografias num ecrã de computador, que poderiam ser conotadas com emoções positivas, negativas e neutras, sem lhes pedir que recordassem o que tinham visto. Foram apresentadas, por exemplo, imagens de crianças a brincar, de relógios e de corpos mutilados.

Em seguida, as pessoas foram aleatoriamente divididas em dois grupos e instruídas a sentarem-se em máquinas que exercitavam a resistência das pernas. A um dos grupos foi pedido que fizessem exercícios de flexão nas pernas na máquina durante 50 vezes, enquanto o outro grupo deixou que a máquina fizesse o exercício por eles sem qualquer esforço. 

Durante esta tarefa, os investigadores monitorizaram os batimentos cardíacos e pressão arterial dos participantes e recolheram amostras de saliva para que pudessem avaliar os níveis de neurotransmissores ligados ao stress provocado pelo exercício.

Dois dias depois, os participantes regressaram ao laboratório e foram, novamente, convidados a olhar para uma série de 180 fotografias: as 90 imagens previamente visualizadas, mais 90 adicionais, nunca antes vistas. Enquanto o grupo ativo – o que tinha executado os exercícios – se recordava de cerca de 60 por cento das imagens mostradas na primeira sessão, o grupo passivo conseguiu identificar apenas 50 por cento das fotografias.

Estudos anteriores já tinham associado a libertação de determinadas hormonas e de um neurotransmissor específico, a norepinefrina, a uma melhor memória, facto esse que foi corroborado por esta investigação, uma vez que os participantes que se exercitaram foram também os que apresentaram, na saliva, uma maior quantidade de alfa-amílase, um marcador da norepinefrina. 

Em comunicado, Lisa Weinberg, estudante do Georgia Tech Institute e coordenadora do estudo, revelou que esta pesquisa “demonstra que não é preciso dedicar grandes quantidades de tempo ao exercício para obter benefícios cerebrais”. Apesar de a investigação se ter centrado num exercício que implicava o levantamento de pesos, os cientistas defendem que outras atividades de resistência, como a realização de agachamentos, podem produzir resultados semelhantes e ser benéficos para o cérebro. 

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EPISÓDIO 1

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