Renan Marcel
Secretário da Casa Civil, Paulo Taques (PDT) admitiu que o governo do Estado pode beneficiar deputados que se aproximarem da gestão estadual. A compensação pelo apoio na Assembleia Legislativa de Mato Grosso poderá ser medida em indicações para cargos comissionados na estrutura do Executivo. Segundo o porta-voz do Palácio Paiaguás, pelo menos 30 pessoas indicadas pela classe política já ocupam cargos no governo.
A postura vai de encontro às declarações feitas pelo governador Pedro Taques (PDT) durante o período de campanha eleitoral, em 2014, quando disparou críticas ao “empreguismo” no Poder Público e afirmou que o governo do Estado não era Sine (Sistema Nacional de Empregos).
“Cada deputado é uma conversa, cada deputado é uma necessidade, cada deputado tem um tempo, não existe números específicos, existe uma conversa com cada partido que compõe a base do governo e com cada deputado federal da nossa base. Já nomeamos, seguramente, em torno de 30 pessoas indicadas pela classe política, da base”, afirmou Paulo Taques.
De acordo com ele, conversas estão sendo feitas com a oposição ao governo no Legislativo e nada impede de que o diálogo trate das indicações. “Estamos conversando com a oposição. Isso vai depender de uma conversa que vai continuar na semana que vem e se houver um amadurecimento político no sentido de, deputados da oposição, se aproximarem do governo, não tem por que conversarmos sobre tudo, inclusive cargos, mas isso não foi feito até agora, bom deixar claro”.
Recentemente o governador almoçou com os parlamentares de diversos partidos. Na ocasião, ficou clara a intenção de membros do Partido da República (PR) de aderirem à base. A sigla sempre esteve ao lado dos últimos governos e durante as convenções partidárias, quando tratativas eram feitas para o PR apoiar Taques, foi fortemente cobrada a deixar os cargos que ocupava na gestão de Silval Barbosa (PMDB).
Conforme o próprio Paulo Taques, as “portas estão abertas” a quem quiser somar com a gestão, estendendo o convite a parlamentares do PMDB e do PSD.