Defesa diz que não há prova de envolvimento de ex-secretária

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Renan Marcel


Advogado de defesa da ex-secretária de Trabalho e Assistência Social (Setas) Roseli Barbosa, Ulisses Rabaneda afirmou nesta quinta-feira (25) que não há nos autos do processo quaisquer provas de que a ex-primeira-dama tenha participado do suposto esquema que desviou R$ 8 milhões da pasta.

Por isso, ele acredita que o recebimento da denúncia feita pelo Ministério Público Estadual em dezembro do ano passado é o momento oportuno para provar a inocência de Roseli.

“Este é um trâmite processual comum para que possamos apresentar as provas necessárias, mostrando que não há envolvimento de Roseli Barbosa em nenhum suposto desvio de recurso público […] poderemos trazer luz aos fatos, mostrando que não há nenhum desvio de conduta nas ações de Roseli Barbosa frente à Setas”, afirmou, por meio da assessoria.

Roseli comandou a Setas durante quase todo mandato do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), seu esposo.

Na ação, o MPE aponta que servidores públicos da pasta estavam em conluio com institutos e empresas do ramo de cursos profissionalizantes, para fraudes em licitações e convênios.

E ainda: que tanto Roseli quanto o ex-secretário adjunto, Jean Estevan Campos Oliveira, e o ordenador de despesas da Setas, Rodrigo de Marchi, todos réus da ação penal, “agiam livre e conscientemente de modo a possibilitar o sucesso das empreitadas criminosas do grupo”.

A ex-primeira-dama Roseli Barbosa e outras 31 pessoas se tornaram rés na ação penal movida pelo Ministério Público, no último dia 20 de março, quando a juíza Selma Rosane Santos de Arruda, da Sétima Vara Criminal, acatou a denúncia.

Ao grupo são imputados os crimes de constituição de organização criminosa, corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos. Segundo o MPE, o desvio na Setas chega a R$ 8 milhões.

Para a magistrada, “há nos autos, robusta prova da materialidade dos crimes, enquanto os indícios de autoria também são bastante pujantes”.

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