R$ 100 BILHÕES Blairo será titular da CPI do HSBC

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Simone Ishizuka


O senador Blairo Maggi (PR) será um dos titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC, que visa investigar contas bancárias de brasileiros na Suíça. Blairo declarou que espera que as investigações sejam em vão, pois havia tentado abrir uma conta no exterior, em outra ocasião, mas foi barrado devido aos critérios rigorosos adotados pela instituição.

“Espero, sinceramente, que o nosso trabalho seja em vão. E por que digo isso? Por que tentei abrir uma conta fora e eles foram bastante criteriosos comigo. Se os critérios que utilizaram – no meu caso – foram usados aos demais, tanto em contas da Suíça, como em outras fora do país, não deve haver problema nessas contas”, presumiu o parlamentar.

Durante discurso na plenária, o senador lembrou que tentou abrir uma CPI semelhante há três anos, para investigar as contas do HSBC em Miami. No entanto, foi barrado pelo parlamento. Embora apresente uma expectativa contrária ao levantamento de informações da comissão, Blairo enfatizou que todas possível irregularidades serão investigadas.

“Aqueles que não têm lastro, aqueles que utilizaram de alguma forma recursos não contabilizados no País, receitas não declaradas à Receita Federal, e mesmo os que têm recursos fora do País e que foram adquiridos legalmente, terão que fazer as suas composições com a Receita Federal, e responder perante a legislação que aí está”.

A CPI do HSBC foi instalada nesta terça-feira (24) no senado federal e terá como presidente o senador Paulo Rocha (PT-PA) e o relator Ricardo Ferraço (PMDB-ES). O caso foi descoberto pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que encontrou nomes de políticos, empresários e até celebridades envolvidas.

Informações dão conta que supostas irregularidades praticadas pelo banco HSBC, por meio de abertura de contas de forma ilegal, somam mais de R$ 100 bilhões ocultados do Fisco de mais de 100 países. Entre os correntistas, há cerca de 8 mil brasileiros que tinham, numa estimativa preliminar, mais de R$ 7 bilhões ocultados da Receita Federal.

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