Relatório da Polícia Federal mostra que em seu novo endereço, no Complexo Médico-Penal, localizado em Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), empreiteiros, operadores de propinas, executivos e o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque – todos réus da Operação Lava Jato – poderão assistir TV e ouvir rádio. Eles também terão direito a banho de sol todos os dias por uma hora.
Nas celas do presídio não há chuveiro individual, ou seja, o banho é coletivo. E o vaso sanitário é o chamado ‘boi’, um buraco no chão – o preso tem de ficar de cócoras, sentado sobre os calcanhares. Nesta segunda feira, 23, a Justiça Federal mandou transferir 12 alvos da Lava Jato para o Complexo Médico-Penal, acatando solicitação da Polícia Federal. Em ofício ao juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato, a PF alegou que não cabia mais tanto preso na Custódia da corporação.
Outro argumento usado pela PF é que poderão “por acaso” ocorrer novas prisões no curso da Lava Jato. ”No Complexo há médicos, inclusive psiquiatras e fisioterapeutas”, destaca o relatório da PF, subscrito pelo delegado federal Ivan Ziolkowski.
As celas do presídio são “no mínimo 80% maiores” que as mais amplas celas da Superintendência da PF na capital paranaense. As visitas podem ser realizadas às sexta feiras, “no período vespertino, no pátio do complexo”.
O pátio onde os prisioneiros da Lava Jato poderão receber seus familiares “é local amplo, aberto, com mesas e bancos”. Pelas regras da nova casa dos réus da investigação sobre esquema de corrupção e propinas na Petrobrás a visita dos advogados pode ocorrer a qualquer dia da semana.