Perdas com corrupção podem aumentar, admite Graça Foster

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A presidente da Petrobrás, Graça Foster, afirmou na tarde desta quinta-feira, 29, em teleconferência a analistas e investidores, que as perdas com corrupção, estimadas pela empresa em R$ 4 bilhões, podem ser maiores, caso novas denúncias de desvios de recursos apareçam.

O cálculo do rombo da corrupção no patrimônio da companhia considerou os projetos firmados com empresas investigadas pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato. Do total orçado dos projetos, foram descontados 3%, que seria o pagamento de propina, segundo denúncia feita pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa à Polícia Federal. 


De acordo com Graça, a companhia poderá reavaliar os dados apresentados em seu balanço quanto aos valores imobilizados e contratos relacionados às empresas sob investigação da Polícia Federal. Segundo a executiva, a companhia poderá ampliar o escopo dos contratos sob análise, os períodos e também o valor dos ajustes estimados inicialmente no balanço.

“Novas informações oriundas das investigações em curso podem causar novos ajustes, ampliação do escopo dos contratos e empresas e também do período analisados”, disse. “É importante frisar que o período analisado não foi escolhido pela companhia, mas extraído dos depoimentos recebidos como “prova emprestada” pela Petrobrás”, acrescentou.

A presidente da estatal informou que foram gastos R$ 150 milhões para dimensionar o tamanho das perdas causadas pela corrupção. O custo diz respeito à contratação dos serviços de consultores internos e também aos gastos com a equipe interna.

Preço justo. Graça Foster disse, ainda, que recomendou ao conselho de administração que não fosse utilizada a metodologia de valor justo para calcular o efeito da corrupção em seu patrimônio. Isso porque considera essa metodologia – em que o valor contábil é corrigido pelo valor de mercado – falha, por utilizar inúmeras variáveis.

Entre as variáveis utilizadas que podem comprometer o resultado da análise dos ativos, Graça cita mudanças de preços e margens de insumos, dos equipamentos, salários, deficiência no planejamento de projetos, contratações de bens e serviços antes da conclusão dos projetos básicos das obras – além da “cartelização de fornecedores, corrupção e sobrepreços”.

“Recomendamos ao conselho de administração que não utilizaríamos essa metodologia, por ser uma composição de muitas variáveis”, afirmou a presidente da Petrobrás. Em seguida, ela acrescentou que, agora, “o trabalho é fazer uma limpeza dedicada em tudo o que tivermos que fazer”. E que a intenção é “ter uma avaliação correta para o patrimônio líquido e o ativo imobilizado”. Graça disse também que o esquema de corrupção na empresa não afetou a posição de caixa da petroleira.

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