Morreu o rei Abdullah bin Abdulaziz al Saud, de 90 anos, da Arábia Saudita, segundo anúncio da TV estatal.
Abdullah sofria de pneumonia e estava internado internado desde dezembro. Tido como um reformador moderado, o rei havia assumido o trono em 2006, mas liderou o país também durante os dez anos anteriores, depois que seu antecessor, rei Fahd, sofreu um derrame que o enfraqueceu.
O irmão de Abdullah, Salman bin Abdulaziz Al Saud, assumiu o reinado, de acordo com um comunicado atribuído ao próprio sucessor.
“Sua Alteza Salman bin Abdulaziz Al Saud e todos os membros da família e da nação lamentam [a perda do] Guardião das Duas Mesquitas Sagradas, rei Abdullah bin Abdulaziz, que morreu exatamente à 1h desta manhã”, diz o comunicado.
Está em jogo, junto à nomeação de Salman como rei, a futura direção do mais importante aliado árabe dos Estados Unidos num momento de turbulência sem precedentes em todo o Oriente Médio.
Abdullah desempenhou um papel importante no apoio da Arábia Saudita, de maioria sunita, ao governo do Egito depois da intervenção militar em 2012 e liderou o suporte do seu país à rebelião contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad.
O rei Salman, com cerca de 79 anos, era o ministro da Defesa desde 2012. Ele governou a província de Riad nas cinco décadas anteriores.
Ao nomear imediatamente Muqrin como seu herdeiro, o que está sujeito à aprovação do conselho familiar, Salman agiu rápido para evitar especulações sobre a sucessão real no maior país exportador de petróleo do mundo.
A Arábia Saudita, que detém mais de um quinto das reservas de petróleo do planeta, também exerce alguma influência sobre a comunidade de 1,6 bilhão de muçulmanos por abrigar Meca e Medina, os locais mais sagrados do Islã.