O São Paulo voltou a entrar na disputa para contratar Darío Conca. Com aval da diretoria, Muricy Ramalho ligou para o hermano, com quem trabalhou no Fluminense, entre 2010 e 2011, e tentou convencê-lo a deixar as Laranjeiras. O meia balançou com a ligação e se animou com a possibilidade de voltar a trabalhar com o treinador. Mas o Tricolor não é o único na briga pela contratação do jogador, que, além do Corinthians, voltou a ser monitorado pelo Palmeiras.
Na conversa com o antigo comandante, Conca, que havia sido descartado pelo São Paulo no início do ano, gostou do projeto e dos valores que ouviu, mas pediu para o clube formalizar uma proposta oficial para o Fluminense e também para a Unimed. O time carioca tem apenas 20% dos direitos econômicos do jogador – os outros 80% pertencem à empresa.
O Corinthians já está ciente do retorno do São Paulo na negociação e também já vê o Palmeiras com força nos bastidores. O Timão tem um acordo apalavrado com a Unimed e com o jogador argentino, que continuaria recebendo cerca de R$ 750 mil por mês (R$ 500 mil do Timão e R$ 250 mil da Unimed), mas ainda aguarda uma resposta do Fluminense.
Na última quarta-feira, o gerente de futebol corintiano Edu Gaspar aproveitou-se do encontro com o presidente Peter Siemsen nos Estados Unidos e fez uma nova oferta de R$ 5 milhões (a primeira havia sido de R$ 4 milhões). Como a primeira parcela do pagamento oferecido só poderia ser paga em outubro deste ano, os dirigentes alvinegros já não mostram mais a mesma confiança de antes no negócio.
Já o Palmeiras teria condições de investir imediatamente – fez isso, por exemplo, com Dudu, que era disputado pelos arquirrivais. Além de ter uma situação financeira mais confortável depois de dois anos de economia, o presidente Paulo Nobre continua disposto a emprestar dinheiro ao clube, se for necessário.
Ciente do aporte financeiro do Verdão, o novo diretor de futebol Alexandre Mattos buscou informações para saber quais seriam as condições da contratação de Conca há algumas semanas. Ele avisou que, com a pedida salarial inicial perto de R$ 1 milhão, a negociação seria impossível, mas se colocou à disposição para negociar se o valor solicitado diminuísse.
O nome do argentino é quase unanimidade no Palmeiras e está aprovado por Oswaldo de Oliveira. Nobre é quem vinha brecando qualquer tentativa de fazer loucuras – por loucura entenda-se pagar salário muito acima do teto (cerca de R$ 300 mil), mesmo se fosse com parceria da Unimed. Isso vai contra os princípios dele. Mattos, por outro lado, acha que vale a pena. Publicamente, o diretor admite sondagem, mas diz que os valores são impraticáveis.
Mesmo com Corinthians, Palmeiras e São Paulo na cola de Conca, o Fluminense segue confiante na permanência do jogador, mesmo depois do fim da parceria com a Unimed. O meia argentino, que foi um dos destaques do time carioca no Brasileirão do ano passado, tem contrato até o fim de 2017.
*Reportagem de Bruno Andrade, Bruno Grossi, Felipe Bolguese, Fellipe Lucena e Rodrigo Vessoni