A Gazeta
Deputado federal e senador eleito, Wellington Fagundes (PR) reafirmou ontem sua intenção de cumprir seu mandato “para que foi eleito”, descartando inicialmente a possibilidade de vir a ocupar espaço no staff da presidente Dilma Rousseff (PT). O nome do republicano chegou a ser novamente aventado no último fim de semana para assumir o comando do Ministério dos Transportes. Esse posto será ocupado pelo vereador e suplente de senador, Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP), conforme anúncio da presidente, na segunda-feira.
Em que pese a negativa oficial de Fagundes, fonte do Partido da República pontua articulações de líderes do partido do Estado para reforçar as indicações na esfera federal por Mato Grosso.
Uma eventual ocupação desse posto pelo senador, como foi cogitado, poderia colaborar para avanços dirigidos ao Estado na gestão do governador Pedro Taques (PDT).
O republicano e o pedetista pertencem a grupos políticos adversários nas eleições de 2014. Passado o pleito deste ano, o discurso do republicano é de aliado do Estado no sentido de reforçar a ampliação dos recursos destinados a Mato Grosso, leia-se, sendo um braço de apoio ao Executivo estadual.
Nos bastidores se verificam “resquícios” das eleições. Esse mal estar poderá ser ainda mais aflorado com os projetos políticos para os próximos pleitos de ambos os blocos. As costuras ousadas do PR desde agora acenam para a chance de disputar o Executivo de Mato Grosso. Fagundes, um dos principais expoentes da agremiação, seriam peça chave nesse processo, mesmo que negue tais táticas.
Deputado federal por seis mandatos consecutivos, o republicano com apoio do senador Blairo Maggi (PR), venceu o candidato ao Senado apoiado por Taques, o ex-governador Rogério Salles (PSDB).
Durante o segundo turno das eleições, Fagundes coordenou a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no Estado. Conseguiu assim estreitar ainda mais seu relacionamento com o Palácio do Planalto.
