Sonia Fiori/ A Gazeta
A disputa pela presidênciada Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) deverá se tornar ainda mais intensa pela possibilidade de entrada no páreo de um forte representante do grupo político do governador eleito, Pedro Taques (PDT), o prefeito de Lucas do Rio Verde, e atual responsável pela equipe de transição, Otaviano Pivetta, do mesmo partido. Fonte revela que Pivetta, nome de musculatura suficiente para assumir espaço no primeiro escalão governamental, poderá encampar a bandeira pedetista para tentar vencer o embate pelo comando da AMM.
A continuidade da gestão do PSD, através do atual presidente, Valdecir Luiz Colle, se dá por meio do candidato Neurilan Fraga, prefeito de Nortelândia que tem a seu favor o bom trânsito entre a maioria dos Executivos municipais. Outro aventado para a corrida é o prefeito de Alto Paraguai, Adair Alves (PMDB), em tática encampada pelo agrupamento do Pros sob o deputado federal Valtenir Pereira, o PR do senador eleito Wellington Fagundes e o PT do ex-candidato ao governo, Lúdio Cabral.
Na somatória de forças, o bloco de Adair contaria com total de 65 prefeituras. O PSD elegeu 39 prefeitos nas eleições de 2012, e estaria, com apoio do presidente da Assembleia Legislativa, deputado pessedista José Riva, buscando respaldo de gestores de várias siglas.
O PDT de Pedro Taques contabilizou 7 prefeituras. O grupo soma 24 chefias de Executivos municipais. A “vantagem” do bloco pedetista se atém ao peso político da máquina pública por meio do nome Pedro Taques.
As movimentações de Pivetta para angariar reforço para a disputa estariam em pleno curso. Fonte destacou ainda que ele estaria planejando outras estratégias para vencer a disputa. Prefeitos do interior do Estado, das mais variadas agremiações, teriam recebido pedido de apoio para o candidato do PDT. Também estariam sendo realizadas sondagens junto aos gestores sobre pleitos a serem defendidos por Pivetta no campo das propostas de melhorias para a entidade.
Na AMM, as ações da comissão eleitoral estão em análise, devendo as eleições ocorrerem no final deste mês ou até o final de janeiro, como prevê o Estatuto da entidade. Uma luta antiga da AMM é assegurar, junto ao Congresso Nacional, revisão sobre a distribuição do bolo de recursos federais. Deve ser promulgada nesta semana a PEC que prevê aumento de 1% sobre os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Na prática, os prefeitos “perderam” a batalha para o governo federal, considerando ser o pleito original de aumento de 2% sobre a verba oriunda do FPM.