Você já deve ter ouvido falar em pompoarismo, técnica que consiste em contrair a musculatura vaginal em diferentes movimentos. No entanto, diferente dos benefícios que são popularmente divulgados, como fazer ‘malabarismos’ com a vagina, o principal objetivo da técnica é aumentar as habilidades da musculatura vaginal para proporcionar mais prazer na relação sexual para si e para a pessoa parceira. Até porque, quando a mulher domina as práticas do pompoarismo, consegue fazer com que o homem chegue ao orgasmo junto com ela.
Mas para que os movimentos do pompoarismo possam ser realizados, a mulher precisa, em primeiro lugar, ter boa consciência corporal da sua vagina. Para isso, é preciso que a conheça, se olhe no espelho, perceba por meio do toque como acontece a contração e o relaxamento da musculatura vaginal e as diferentes sensações que isso proporciona. Os próprios instrumentos do pompoarismo, como pesos e cones vaginais, são ótimos para aumentar a consciência corporal dessa região.
Você já deve ter ouvido falar em pompoarismo, técnica que consiste em contrair a musculatura vaginal em diferentes movimentos. No entanto, diferente dos benefícios que são popularmente divulgados, como fazer ‘malabarismos’ com a vagina, o principal objetivo da técnica é aumentar as habilidades da musculatura vaginal para proporcionar mais prazer na relação sexual para si e para a pessoa parceira. Até porque, quando a mulher domina as práticas do pompoarismo, consegue fazer com que o homem chegue ao orgasmo junto com ela.
Mas para que os movimentos do pompoarismo possam ser realizados, a mulher precisa, em primeiro lugar, ter boa consciência corporal da sua vagina. Para isso, é preciso que a conheça, se olhe no espelho, perceba por meio do toque como acontece a contração e o relaxamento da musculatura vaginal e as diferentes sensações que isso proporciona. Os próprios instrumentos do pompoarismo, como pesos e cones vaginais, são ótimos para aumentar a consciência corporal dessa região
Técnica trabalha relaxamento e fortalecimento vaginal
O pompoarismo trabalha com o fortalecimento dos músculos vaginais. Mas antes é preciso aprender a relaxar essa musculatura, por meio de massagens, exercícios respiratórios ou de alongamento na região íntima, glúteo, coxas, abdome e costas. O intuito é ajudar a liberar as fáscias – peles que revestem os músculos vaginais e que, quando estão sob tensão, dificultam o movimento desta região. O relaxamento e a conscientização corporal são os treinamentos mais importantes para garantir o sucesso da prática.
Vale reforçar que é aconselhável ter orientação profissional para dominar a técnica. No entanto, algumas mulheres não podem dispensar o acompanhamento de um especialista ao praticar o pompoarismo, como as que sentem dores durante a relação sexual ou qualquer tipo de desconforto físico durante o ato, mulheres com retenção de urina, candidíase e infecção urinária frequente. Quando acompanhado por um profissional, o pompoarismo pode inclusive ser benéfico para todas essas disfunções.
Exercício de relaxamento da musculatura vaginal
Existe uma interessante analogia para o treino de relaxamento. Basta imaginar que no canal vaginal existe um elevador. Por meio de contrações na região, sinta que o elevador sobe e depois desce com o relaxamento. Sendo assim, procure subir o elevador alguns andares até o máximo que conseguir contrair. Depois, vá relaxando, como se estivesse descendo o elevador bem devagar, até conseguir soltar completamente a musculatura.
Instrumento usado no pompoarismo ajuda a chegar ao orgasmo
Para praticar o pompoarismo não é preciso necessariamente usar instrumentos para ser exercitado. Mas tendo em vista que a mulher da atualidade não possui tanta disponibilidade de tempo para praticar a técnica, é recomendável que faça uso dos instrumentos para facilitar os exercícios e obter resultados mais rápidos.
Por meio de cones vaginais, também chamados de ‘pesinhos’, a mulher consegue exercitar os músculos da região, tornando as contrações vaginais mais fortes e aumentando o tempo de sustentação dessas contrações. Esse exercício pode ser simulado durante a relação sexual, para manter a musculatura vaginal contraída, dando mais prazer para o homem e também aumentando a sensibilidade da mulher.
Essa prática pode ser excelente para aumentar a libido feminina e facilitar o orgasmo, já que muitas vezes a libido se encontra diminuída pelo simples fato da mulher ter uma musculatura frouxa, que não lhe permite boa sensibilidade durante a relação. Isso, por sua vez, acaba diminuindo cada vez mais o desejo e a procura pelo sexo.
Como o cone vaginal deve ser escolhido?
Os cones vaginais possuem diversos pesos diferentes, que normalmente variam entre 20g e 70g. Normalmente esse instrumento é vendido em um conjunto de quatro peças, que costumam ser identificadas pelas cores:
– Rosa: 20g
– Amarelo: 32g
– Branco: 45g
– Verde: 57g
Mas antes de confiar nessa regra, vale confirmar com o vendedor ou conferir as informações que estão presentes no rótulo do produto. Para saber qual peso se adapta à força da sua musculatura vaginal, é preciso experimentar um por um.
Basta introduzir o cone vaginal até o fundo da vagina, realizando uma forte contração e mantendo a musculatura contraída para segurar o cone. Quando conseguir fazer isso sem muita dificuldade e nem de forma fácil demais, você terá identificado o cone mais indicado para sua musculatura no momento. Se você preferir comprar a unidade do cone, opte por um peso entre 45g e 57g. Geralmente os cones de 20g e 32g são muito leves e sugeridos somente para mulheres que não tem praticamente nenhuma força nessa região.
Conforme for praticando a técnica, o pesinho será segurado mais facilmente por meio da contração vaginal. Nesse momento, é hora de aumentar o peso do cone, pois é sinal que sua musculatura já esta ganhando força. A boa notícia é que isso costuma acontecer mais rápido do que se imagina. Na maioria dos casos, caso treine todos os dias, a mulher consegue aumentar o peso depois de uma semana de uso. Quando o pompoarismo é realizado corretamente, o músculo vaginal ganha força rapidamente, aumentando a eficácia da técnica.
Para as mulheres que ainda não tiveram relação sexual, a inserção de qualquer um destes instrumentos poderá romper o hímen, portanto não é indicado. Mas ainda é de extrema valia treinar essa musculatura, através de exercícios sem instrumentos, melhorando assim a saúde vaginal e trazendo uma melhor qualidade de vida ao iniciar a vida sexual.
Colar tailandês treina a coordenação motora
Para exercitar a coordenação motora da vagina, existe um outro instrumento usado, chamado colar tailandês, que consiste em uma linha de silicone ligada a duas ou mais bolas pequenas do mesmo material.
Opte pelos materiais feitos com silicone, pois facilitam a execução dos movimentos e são mais higiênicos. Vale reforçar que o colar não deve ser confundido com o ben-wa – instrumento que possui mais de duas bolas grandes, com sinos no interior de cada uma.
O colar tailandês ajudará a treinar a contração e o relaxamento vaginal de forma mais habilidosa, permitindo com isso o ganho da coordenação motora dessa musculatura.
Com a ajuda das mãos, contraia e relaxe a musculatura da vagina até conseguir ‘sugar’ as bolinhas. Quando ganhar mais habilidade, tente realizar essa sucção sem a ajuda das mãos. Quem não possui o cordão para fazer o exercício, pode treinar a coordenação motora contraindo e relaxando a musculatura vaginal no mesmo ritmo de uma música, por exemplo.
Durante a relação sexual, a mulher poderá simular os mesmos movimentos de contração e relaxamento em diferentes ritmos.
Uso dos instrumentos pede precaução
Higienize os produtos com água e sabão antes e após o uso. Além disso, consulte seu médico ginecologista antes de iniciar as práticas.
Vale reforçar que mulheres com prolapso genital e infecção urinária não devem realizar a prática. Nesses casos, a pessoa nunca deve interromper o jato de urina para avaliar a força da sua musculatura vaginal, pois isso pode causar danos aos rins.
Origem e curiosidades do pompoarismo
Diferente do que muitos imaginam, a técnica não é originada do tantra, mas sim de um antigo povo celta, há milhares de anos, antes mesmo do cristianismo. Somente o nome pompoarismo é de origem tântrica, assim como o aperfeiçoamento da técnica, com o intuito de aumentar as habilidades da musculatura vaginal e proporcionar mais prazer na relação sexual.
A técnica de contrair a musculatura vaginal de forma habilidosa veio das sacerdotisas do templo da Grande Mãe na Irlanda, também chamadas de ‘bruxas’. Essas mulheres tinham em mente que o ventre e a vagina eram órgãos sagrados no corpo, portais da vida, da geração e do nascimento. Por isso realizavam a técnica de contrair essa musculatura, junto ao toque dos tambores, durante os rituais de amor e fertilidade.
Para que as mulheres pudessem contrair essa musculatura com tanta presteza, acompanhando as batidas do tambor, era necessário grande treino antes dos rituais. E isso proporcionava a elas uma habilidade maior no parto, que eram menos doloridos e mais rápidos. Em suas relações sexuais, conquistavam seus homens com a grande habilidade que tinham em sua musculatura vaginal, dando mais prazer ao parceiro, além de sensações inusitadas.
Além das habilidades com a musculatura vaginal, essas mulheres também possuíam grande autoconhecimento, que fazia delas pessoas mais autoconfiantes e sedutoras. Com o passar do tempo, a técnica foi se perdendo, mas foi redescoberta pelos povos hindus e introduzida e adaptada posteriormente no tantra.
Para continuar refletindo sobre o tema
A fisisoterapeuta ginecológica e autora do artigo, Roberta Struzani, fará um curso online de pompoarismo nos dias 5, 12, 19 e 26 de setembro, às 20h, por meio vídeo-aula online. Para inscrições e mais informações, entre em contato pelo e-mail: [email protected]
Roberta Struzani
Fisioterapeuta, pós- graduada em Ginecologia, Obstetricia e Mastologia. Especializou-se em sexualidade, saúde da mulher e atividades físicas para gestantes.