Filiado ao PSD, prefeito garante que não será submisso a Riva na AMM

O prefeito de Nortelândia e candidato à presidência da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga (PSD), afirma que, caso seja eleito, pretende atuar de forma independente, mesmo sendo do partido que fará oposição ao governador eleito Pedro Taques (PDT), a partir de 1º de janeiro. Para reforçar essa posição, o social-democrata refuta qualquer tipo de submissão ao cacique do partido, deputado estadual José Riva, nem ao irmão, o deputado estadual José Domingos Fraga. “Na minha candidatura eu fui muito claro. Serei presidente da AMM de forma independência. Não vou ler cartilha de partido ou de grupo político. Vou ler a cartilha dos municípios”, assegura o prefeito em visita ao Grupo Rdnews e entrevista ao RDTV, veja aqui.

Apesar de ressaltar a “independência”, Neurilan explica que pretende ter o apoio de ambos, principalmente de Riva, visto que o deputado tem força no Estado devido ao perfil municipalista. De todo modo, o prefeito sustenta que isso não irá fazer com que seja atrelado às lideranças da sigla. “Eles (Riva e Domingos Fraga) sabem que não dou benção para ninguém. Não aceito ser manobrado, tenho luz própria”, enfatiza. Ainda que o prefeito queria ser “livre”, a tendência é que tenha que se render às vontades dos caciques para não ter a candidatura barrada.

Em relação à corrida pela presidência da AMM, Neurilan garante que já conta com apoio de 60 dos 141 prefeitos que votarão para eleger o novo comandante da associação para o biênio 2015/2016. Este número representa pouco mais de 43% das prefeituras. Além de Neurilan, estão na briga os chefes do Executivo de Água Boa e Alto Paraguai, Mauro Rosa, o Maurão (PPS), e Aldair José Alves (PMDB), respectivamente.

 Para Neurilan, a AMM precisa passar por uma reestruturação a fim de diminuir os gastos, além de acabar com o cabide de empregos que entidade virou. Outras propostas são a otimização do Núcleo de Engenharia e Economia para melhor atender as prefeituras na elaboração de projetos, a transparência no repasse dos recursos da secretaria estadual de Fazenda para os municípios, manter o Fethab direcionado para o transporte e habitação, a reativação dos consórcios municipais e junto ao governo Federal defender o recadastramento do IBGE e a revisão do Pacto Federativo.